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Advogado. Especialista em Direito Médico e Odontológico. Especialista em Direito da Medicina (Coimbra). Mestre em Odontologia Legal. Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar - Escola Paulista de Direito (EPD). Coordenador ajunto do Mestrado em Direito Médico e Odontológico da São Leopoldo Mandic. Preceptor nos programas de Residência Jurídica em Direito Médico e Odontológico (Responsabilidade civil, Processo ético médico/odontológico e Perícia Cível) - ABRADIMED (Academia Brasileira de Direito Médico). Membro do Comitê de Bioética do HCor. Docente convidado da Especialização em Direito da Medicina do Centro de Direito Biomédico - Universidade de Coimbra. Ex-Presidente das Comissões de Direito Médico e de Direito Odontológico da OAB-Santana/SP. Docente convidado em cursos de Especialização em Odontologia Legal. Docente convidado no curso de Perícias e Assessorias Técnicas em Odontologia (FUNDECTO). Docente convidado de cursos de Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde. Especialista em Seguro de Responsabilidade Civil Profissional. Diretor da ABRADIMED. Autor da obra: COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA.

domingo, 4 de setembro de 2016

BE quer esclarecer morte de doente durante transporte de ambulância em Coimbra

PORTUGAL

Doente terá morrido sem acompanhamento médico ou de enfermagem

O Bloco de Esquerda (BE) questionou esta sexta-feira o Ministério da Saúde sobre a morte de um utente de 90 anos que alegadamente foi transferido de ambulância sem acompanhamento médico entre hospitais em Coimbra.

Segundo o BE, o idoso “deu entrada no dia 30 de Agosto na urgência dos Hospitais da Universidade de Coimbra” e “faleceu quando era transferido em ambulância, sem acompanhamento médico ou de enfermagem, para o Hospital dos Covões”.

“Uma vez que residia em Montemor-o-Velho, o hospital de referência seria o dos Covões. No entanto, como à noite não há urgência nos Covões (funciona das 09h00 às 20h00), o utente foi levado pela família para os Hospitais da Universidade de Coimbra, onde ficou internado durante a noite”, relata.

O BE acrescenta que, “na manhã seguinte, os Hospitais da Universidade de Coimbra decidiram transferi-lo para o Hospital dos Covões”, tendo para isso sido accionada uma ambulância “onde seguiam apenas o motorista e um assistente operacional, não havendo acompanhamento nem médico, nem de enfermagem”. “O utente chegou ao Hospital dos Covões cerca das 09h48, altura em que o motorista e o assistente operacional se terão apercebido que havia falecido durante a viagem”, acrescenta.

Na opinião do BE, “esta ocorrência merece reflexão e intervenção de modo a garantir que tal não volta a ocorrer e também a perceber quais os procedimentos que diariamente são adoptados para coordenar o trabalho entre os Hospitais da Universidade de Coimbra e o Hospital dos Covões, que integram o Centro Hospitalar da Universidade de Coimbra (CHUC)”.

Neste âmbito, o grupo parlamentar do BE perguntou ao Ministério da Saúde se “o CHUC vai abrir um inquérito ao falecimento de um utente” e, “em média, quantos utentes são transferidos diariamente dos Hospitais da Universidade de Coimbra para o Hospital dos Covões”.

O BE recordou que “o processo de reorganização hospitalar em Coimbra que deu origem ao CHUC foi sempre altamente controverso”. “Em 2012, aquando da vigência do Governo PSD/CDS, decidiu-se encerrar durante a noite a urgência polivalente do Hospital dos Covões, um serviço que atendia então mais de 40 urgências por noite, dando resposta a uma população de cerca de 350 mil pessoas”, lamentou.

Fonte: PUBLICO.pt