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Advogado. Especialista em Direito Médico e Odontológico. Especialista em Direito da Medicina (Coimbra). Mestre em Odontologia Legal. Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar - Escola Paulista de Direito (EPD). Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico, Odontológico e da Saúde (FMRP-USP). Preceptor nos programas de Residência Jurídica em Direito Médico e Odontológico (Responsabilidade civil, Processo ético médico/odontológico e Perícia Cível) - ABRADIMED (Academia Brasileira de Direito Médico). Membro do Comitê de Bioética do HCor. Docente convidado da Especialização em Direito da Medicina do Centro de Direito Biomédico - Universidade de Coimbra. Ex-Presidente das Comissões de Direito Médico e de Direito Odontológico da OAB-Santana/SP. Docente convidado em cursos de Especialização em Odontologia Legal. Docente convidado no curso de Perícias e Assessorias Técnicas em Odontologia (FUNDECTO). Docente convidado do curso de Bioética e Biodireito do HCor. Docente convidado de cursos de Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde. Especialista em Seguro de Responsabilidade Civil Profissional. Diretor da ABRADIMED. Autor da obra: COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Pesquisa comprova que homens mentem para médicos

Mentiras dificultam o diagnóstico, o tratamento e retardam a cura.
Homens também têm resistência em ir ao consultório.


Médicos de um hospital de São Paulo fizeram uma pesquisa para saber quais as mentiras mais usadas nos consultórios. Dos pacientes que falaram a verdade, 30% admitiram que não contam tudo o que deveriam.

O motorista Carlos Humberto Pires de Freitas só ia ao médico em último caso, até que um dia descobriu que tinha câncer de próstata e lamentou não ter feito os exames de prevenção: “Poderia ter resolvido com certeza, mas infelizmente eu pulei um ano, os sintomas vieram e fui castigado”.

Além da resistência dos homens de ir a um consultório, aqueles que vão nem sempre falam toda a verdade.

Sinceridade é uma palavra fundamental na relação médico-paciente. Durante uma consulta, por exemplo, quem omite informações ou até conta uma mentira, pode colocar em risco a própria saúde. A mulher de Edilson diz que ele exagera na bebida, mas não contou ao médico.

'Não bebo, não fumo'
As mentiras contadas por pacientes dificultam o diagnóstico, o tratamento e retardam a cura. Em São Paulo, quatro médicos de um hospital chegaram a relacionar as mentiras mais frequentes.

O paciente diz que não bebe, não fuma, que só tem relação com camisinha, garante que não faz automedicação, diz que pratica atividade física e que tem uma dieta exemplar.

“Os homens, mais ou menos 30% do total, mentem ou omitem algum dado importante sobre uma doença”, comenta o urologista Anderson Hatsuo Kavano.

Alguns pacientes parecem mesmo incorrigíveis. “Estou tentando parar de fumar. Meu médico nunca perguntou se eu fumo, nunca falei para ele. Ele está se aposentando essa semana, acho que eu vou ter que falar para o outro”, brinca o auxiliar de vendas Gerson Lourenço da Silva.

No caso do urologista, ele ainda divide os mentirosos de consultório em duas categorias: “Os solteiros mentem mais em relação às doenças sexualmente transmissíveis”.

Os casados também: “Omitem uma infidelidade, ou uma relação extraconjugal na qual ele tenha contraído alguma coisa, alguma doença, pergunta se essa doença não pode ser adquirida através de uso de banheiro público, ou de algum apetrecho”, comenta o urologista.

Os médicos lembram que todas as informações reveladas no consultório são sigilosas e nunca são divulgadas, nem mesmo aos parentes. Eles também brincam que, às vezes, a informação mais importante é a da maçaneta. É quando a consulta já acabou, o paciente está indo embora e quando coloca a mão na maçaneta vira para o médico e diz: “Doutor lembrei de uma coisa”. Muitas vezes essa é a informação mais importante para o diagnóstico da doença.

Fonte: Globo.com