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Advogado. Especialista em Direito Médico e Odontológico. Especialista em Direito da Medicina (Coimbra). Mestre em Odontologia Legal. Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar - Escola Paulista de Direito (EPD). Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico, Odontológico e da Saúde (FMRP-USP). Preceptor nos programas de Residência Jurídica em Direito Médico e Odontológico (Responsabilidade civil, Processo ético médico/odontológico e Perícia Cível) - ABRADIMED (Academia Brasileira de Direito Médico). Membro do Comitê de Bioética do HCor. Docente convidado da Especialização em Direito da Medicina do Centro de Direito Biomédico - Universidade de Coimbra. Ex-Presidente das Comissões de Direito Médico e de Direito Odontológico da OAB-Santana/SP. Docente convidado em cursos de Especialização em Odontologia Legal. Docente convidado no curso de Perícias e Assessorias Técnicas em Odontologia (FUNDECTO). Docente convidado do curso de Bioética e Biodireito do HCor. Docente convidado de cursos de Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde. Especialista em Seguro de Responsabilidade Civil Profissional. Diretor da ABRADIMED. Autor da obra: COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Família denuncia erro médico em Pernambuco

A criança foi submetida a uma cirurgia de adenoide na última sexta-feira, mas após algumas paradas cardíacas não resistiu e morreu

Familiares de Alice Arruda Gonçalves, 3 anos, acusam médico do Hospital Infantil Maria Lucinda, no Parnamirim, Zona Norte do Recife, de negligência. A criança foi submetida a uma cirurgia de adenoide na última sexta-feira, mas após algumas paradas cardíacas não resistiu e morreu. Sob orientação da Promotoria de Direitos Humanos de Saúde, os pais da menina irão prestar queixa amanhã contra o profissional na delegacia de Casa Amarela e entregarão uma denuncia ao Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe). A menina foi enterrada na manhã de ontem.

De acordo com a mãe de Alice, a doméstica Maria Lúcia Neves de Arruda, 31, a menina tinha problemas respiratórios e por isso foi submetida ao procedimento. Com duração prevista de 1h, a cirurgia, que havia começado às 13h, se estendeu além do normal. “Às 16h, fui procurar saber o que estava acontecendo e eles informaram que ela tinha tido uma parada cardíaca. Depois disseram que ela havia sido reanimada, mas que precisaria ser transferida para uma UTI”, contou.

Alice faleceu por volta das 4h do sábado, mas, segundo os familiares, a informação só foi dada duas horas depois. O irmão da menina, Pedro Gonçalves Neto, 41, alega que no laudo preliminar entregue à eles, a causa da morte da garota estava como desconhecida. “Como o médico não sabe, se era ele quem estava realizando o procedimento?”, questionou.

Ainda durante o sábado, o corpo da criança foi encaminhado ao Serviço de Verificação de Óbito (SVO) do Hospital das Clínicas de Pernambuco, mas não chegou a dar entrada. “O médico de lá afirmou que tinha sido negligência médica e que não iria colocar as mãos nela para não sobrar pra ele. Então ela foi transferida para o IML”, disse o irmão da menina. Segundo um atendente do SVO que não quis ser identificado, o laudo entregue pelo Maria Lucinda informava que a morte da menina havia sido causada por choque anafilático. “Não teve nada a ver com erro médico”, afirmou.

De acordo com o Instituto de Medicina Legal (IML), Alice faleceu devido a uma asfixia por broncoaspiração. Durante todo o dia de ontem, a reportagem tentou entrar em contato com o médico e o diretor do Hospital Maria Lucinda, mas ambos não foram encontrados para comentar o caso.

Fonte: JC Online