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Advogado. Especialista em Direito Médico e Odontológico. Especialista em Direito da Medicina (Coimbra). Mestre em Odontologia Legal. Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar - Escola Paulista de Direito (EPD). Coordenador ajunto do Mestrado em Direito Médico e Odontológico da São Leopoldo Mandic. Preceptor nos programas de Residência Jurídica em Direito Médico e Odontológico (Responsabilidade civil, Processo ético médico/odontológico e Perícia Cível) - ABRADIMED (Academia Brasileira de Direito Médico). Membro do Comitê de Bioética do HCor. Docente convidado da Especialização em Direito da Medicina do Centro de Direito Biomédico - Universidade de Coimbra. Ex-Presidente das Comissões de Direito Médico e de Direito Odontológico da OAB-Santana/SP. Docente convidado em cursos de Especialização em Odontologia Legal. Docente convidado no curso de Perícias e Assessorias Técnicas em Odontologia (FUNDECTO). Docente convidado de cursos de Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde. Especialista em Seguro de Responsabilidade Civil Profissional. Diretor da ABRADIMED. Autor da obra: COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA.

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Polícia ouve farmacêutica da Santa Casa após mortes em quimioterapia

Funcionária disse à delegada que não manipulou medicamentos da quimioterapia

A Polícia Civil de Campo Grande começou a ouvir ontem funcionários do setor de oncologia da Santa Casa, onde em julho, três pacientes morreram depois de sessões de quimioterapia no hospital.

Nesta tarde foi ouvida a farmacêutica Rita de Cássia Junqueira Godinho. Ela chegou à 1ª Delegacia de Polícia por volta das 14h30 (de MS) acompanhada do advogado e prestou depoimento para a delegada Ana Cláudia Medina até o fim da tarde.

Rita de Cássia saiu da delegacia sem falar com a imprensa, mas, de acordo com a delegada Ana Cláudia a farmacêutica diz que não foi responsável pela manipulação do medicamento, que pode ter provocado reação nas pacientes.

Ana Cláudia Medina diz que ainda não pode apontar o que aconteceu. ``As coisas estão clareando, mas a gente precisa ter muita cautela para apontar alguma coisa. São muitos detalhes, é uma investigação minuciosa. Não temos condições ainda de dizer o que aconteceu``, explicou.

Na quinta-feira (7), a polícia deve ouvir outro farmacêutico responsável pelo setor e uma enfermeira, que também fazia manipulação dos medicamento. O prazo para conclusão do inquérito termina no dia 29 de agosto.

Casos

Carmem Insfran, Norotilde Greco e Maria Glória morreram entre os dias 10 e 12 de julho, depois de passarem por sessões de quimioterapia na Santa Casa, entre os dias 24 e 28 de junho. As famílias das pacientes questionaram os procedimentos do setor de oncologia depois das mortes.

Suspensão

Segundo a Santa Casa, após as mortes, os lotes dos medicamentos cinco fluorouacil e ácido folínico, usados no tratamento das pacientes, foram suspensos no hospital.

Uma bioquímica já foi contratada para assumir o serviço de manipulação dos remédios e já começou a trabalhar. No período de suspensão, o serviço foi feito no Hospital de Câncer.

Comissão de investigação

Uma comissão foi criada dentro do hospital para investigar as mortes. O grupo é formado por médicos do hospital e por técnicos da Vigilância Sanitária estadual.

Técnicos Anvisa

Entre os dias 21 e 25 de julho, quatro técnicos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estiveram na Santa Casa para investigar as mortes.

Contrato suspenso

No dia 25, o presidente da Associação Beneficente de Campo Grande (ABCG), mantenedora da Santa Casa, Wilson Teslenco, anunciou a suspensão do contrato com a empresa responsável pela oncologia na unidade.

O Centro de Oncologia e Hematologia de Mato Grosso do Sul era uma clínica terceirizada que atuava na Santa Casa há 13 anos. O dono é o médico José Maria Ascenço. Com isso, a Santa Casa começou a montar a nova estrutura para atender os pacientes com câncer, sob orientação da Anvisa, e iniciou o processo de contratação dos profissionais que vão trabalhar no setor.

Fonte: G1