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Advogado. Especialista em Direito Médico e Odontológico. Especialista em Direito da Medicina (Coimbra). Mestre em Odontologia Legal. Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar - Escola Paulista de Direito (EPD). Coordenador ajunto do Mestrado em Direito Médico e Odontológico da São Leopoldo Mandic. Preceptor nos programas de Residência Jurídica em Direito Médico e Odontológico (Responsabilidade civil, Processo ético médico/odontológico e Perícia Cível) - ABRADIMED (Academia Brasileira de Direito Médico). Membro do Comitê de Bioética do HCor. Docente convidado da Especialização em Direito da Medicina do Centro de Direito Biomédico - Universidade de Coimbra. Ex-Presidente das Comissões de Direito Médico e de Direito Odontológico da OAB-Santana/SP. Docente convidado em cursos de Especialização em Odontologia Legal. Docente convidado no curso de Perícias e Assessorias Técnicas em Odontologia (FUNDECTO). Docente convidado de cursos de Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde. Especialista em Seguro de Responsabilidade Civil Profissional. Diretor da ABRADIMED. Autor da obra: COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Hospital diz que investiga suposta retirada de rim sem autorização

Pai de estudante morta na quinta-feira (10) diz que houve erro médico.

O Hospital Stella Maris informou nesta quinta-feira (10) que realiza um levantamento sobre o atendimento à paciente Fabiane da Silva Mesquita, de 25 anos, morta na quinta-feira (3). O pai da paciente acusa o hospital de Guarulhos, na Grande São Paulo, de erro médico durante cirurgia para extração de cálculo renal. O advogado Ademar Gomes pediu abertura de investigação policial e diz que vai pedir reparação judicial.

A diretora técnica da unidade, Edna Lavísio, faz apuração dos prontuários e conversa com as equipes médicas para tomar as providências e entrar em contato com a família de Fabiane.

Para Fabio Silva Mesquita, de 45 anos, pai da jovem, o hospital fez a retirada não autorizada de um rim da vítima durante um procedimento cirúrgico após a extração da pedra ter apresentado algum tipo de complicação.

O pai disse que a cirurgia a laser do cálculo estava marcada para 16h de 2 de outubro. ``Depois da cirurgia, achei que ia encontrar ela bem, no quarto de hospital, mas não foi o que aconteceu. O médico disse que a cirurgia tinha sido um sucesso, mas que ela teria que ficar na UTI para repor o sangue perdido no procedimento. Ele pediu para voltarmos no dia seguinte``, contou.

``No outro dia, liguei lá e me pediram para ir direto para o hospital com urgência, porque tinham feito uma outra cirurgia nela``, disse Fabio. Segundo o pai, ele e sua família tiveram que aguardar três horas para poder visitar a filha e só puderam vê-la por volta das 15h desta quinta-feira.

``Minha filha tinha entrado linda no hospital, falando bem e andando, mas encontrei ela desfigurada no quarto``, afirmou. De acordo com Fabio, o médico teria dito que Fabiane estava tomando medicamentos pesados e aguardava a chegada de um remédio, que viria de Taubaté.

``Eu queria ir atrás desse tal remédio, para agilizar o processo, mas ninguém sabia dizer que remédio era esse``, disse. Fabio contou que voltou com a família para casa, mas que recebeu uma ligação do hospital por volta das 18h30 do mesmo dia, informando que sua filha havia morrido.

Ainda segundo Fábio, o médico responsável pela paciente teria tentado impedir que o corpo de Fabiane fosse levado para o Instituto Médico-Legal (IML) para perícia. De acordo com ele, foi constatada a falta do rim direito e a causa da morte teria sido hemorragia interna ocasionada pela perfuração de órgãos.

O advogado dos pais da vítima, Ademar Gomes, pediu a abertura de um inquérito policial sobre o caso junto ao 1º Distrito Policial de Guarulhos e a instauração de um procedimento administrativo com o Conselho Regional de Medicina (CRM) para apuração de responsabilidade. Ele disse que vai entrar com um processo de danos morais e materiais contra médicos do hospital.

Fonte: G1