Apenas 9,7% dos 1.595 médicos formados no exterior que fizeram o teste este ano passaram para a segunda etapa
Em comunicado divulgado à imprensa nesta terça-feira (29), o Conselho Federal de Medicina (CFM) diz que o programa Mais Médicos pode ser uma porta de entrada para os candidatos reprovados no Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituições de Educação Superior Estrangeiras (Revalida). Apenas 9,7% dos 1.595 médicos formados no exterior que fizeram o teste este ano passaram para a segunda etapa - menor percentual já registrado.
``Precisamos saber se estes candidatos reprovados no exame estão atuando pelo Mais Médicos e, se afirmativo, quem são e onde estão. Continuaremos condenando veemente qualquer iniciativa que proporcione a entrada irresponsável de médicos estrangeiros e de brasileiros com diplomas de medicina obtidos no exterior sem sua respectiva revalidação. Em qualquer país sério – como a Inglaterra, Canadá e Estados Unidos, por exemplo – a revalidação do diploma é fundamental, porque atesta a qualidade da formação do médico``, alertou d`Ávila.
Para o coordenador da Comissão de Ensino Médico e 1º vice-presidente do CFM, Carlos Vital, o Revalida exige do candidato o mesmo nível de conhecimento dos estudantes brasileiros e o baixo índice de aprovação sugere o despreparo dos candidatos. ``É uma avaliação minimamente necessária para averiguar a condição do exercício da medicina por um aluno que sai da escola``.
O primeiro-secretário do CFM, Desiré Callegari, também nega que a prova seja difícil e reforça que o Revalida não é uma prova formulada por entidades médicas, mas pelo próprio Governo Federal. Para ele, o exame mede ``os conhecimentos básicos`` para a profissão no Brasil. ``O que realmente nos preocupa é se existe nesse percentual de reprovados alguém que já esteja no Mais Médicos``, disse.
Em dezembro deve ser divulgado o resultado final do Revalida. No ano passado, só 8,7% dos participantes puderam revalidar o diploma. Em 2011, o percentual de aprovados na etapa final foi um pouco maior: 9,6% (confira abaixo os resultados dos anos anteriores).
Fonte: UOL
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- MARCOS COLTRI
- Advogado. Especialista em Direito Médico e Odontológico. Especialista em Direito da Medicina (Coimbra). Mestre em Odontologia Legal. Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar - Escola Paulista de Direito (EPD). Coordenador ajunto do Mestrado em Direito Médico e Odontológico da São Leopoldo Mandic. Preceptor nos programas de Residência Jurídica em Direito Médico e Odontológico (Responsabilidade civil, Processo ético médico/odontológico e Perícia Cível) - ABRADIMED (Academia Brasileira de Direito Médico). Membro do Comitê de Bioética do HCor. Docente convidado da Especialização em Direito da Medicina do Centro de Direito Biomédico - Universidade de Coimbra. Ex-Presidente das Comissões de Direito Médico e de Direito Odontológico da OAB-Santana/SP. Docente convidado em cursos de Especialização em Odontologia Legal. Docente convidado no curso de Perícias e Assessorias Técnicas em Odontologia (FUNDECTO). Docente convidado de cursos de Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde. Especialista em Seguro de Responsabilidade Civil Profissional. Diretor da ABRADIMED. Autor da obra: COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA.