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Advogado. Especialista em Direito Médico e Odontológico. Especialista em Direito da Medicina (Coimbra). Mestre em Odontologia Legal. Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar - Escola Paulista de Direito (EPD). Coordenador ajunto do Mestrado em Direito Médico e Odontológico da São Leopoldo Mandic. Preceptor nos programas de Residência Jurídica em Direito Médico e Odontológico (Responsabilidade civil, Processo ético médico/odontológico e Perícia Cível) - ABRADIMED (Academia Brasileira de Direito Médico). Membro do Comitê de Bioética do HCor. Docente convidado da Especialização em Direito da Medicina do Centro de Direito Biomédico - Universidade de Coimbra. Ex-Presidente das Comissões de Direito Médico e de Direito Odontológico da OAB-Santana/SP. Docente convidado em cursos de Especialização em Odontologia Legal. Docente convidado no curso de Perícias e Assessorias Técnicas em Odontologia (FUNDECTO). Docente convidado de cursos de Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde. Especialista em Seguro de Responsabilidade Civil Profissional. Diretor da ABRADIMED. Autor da obra: COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA.

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Falha em procedimento hospitalar provoca troca de recém-nascidas em Goiânia

A troca de duas recém-nascidas em uma maternidade de Goiânia foi descoberta após a desconfiança de um dos avós das crianças. Antes de registrar a filha, Ana Clara, Euripedes Mitroviche seguiu as orientações do pai e resolveu realizar um exame de DNA.

Ele e Eucivânia Angélica fizeram o teste logo após o nascimento da criança, que aconteceu no dia 16 de agosto, no Hospital e Maternidade São Judas Tadeu, em Goiânia. O exame apontou que nem um dos dois eram os pais da garota.

"Quando soube que a filha que tinha levado pra casa não era a minha fiquei confusa e só pensava como isso poderia ter acontecido", disse Eucivânia. "O hospital errou e se não fosse o DNA talvez não saberíamos da verdade".

Euripedes conta que ficou sem entender a situação e resolveu procurar o hospital, mas não obteve respostas suficientes. Ele e a mulher decidiram registrar um Boletim de Ocorrência na Delegacia de Proteção a Criança e Adolescente (DPCA).

Após receber a denúncia, a delegada Renata Vieira iniciou as investigações e, ao cruzar os dados dos 11 partos realizados no mesmo dia do nascimento de Ana Clara, decidiu convocar Alessandra Fernandez.

A mulher também teve uma filha no mesmo dia e em horários próximos à Eucivânia. Durante a apuração do caso, a delegada conta que profissionais do hospital informaram que momentos antes do parto de Alessandra, Eucivânia passou muito mal e precisou de prioridade no atendimento.

Os médicos retiraram Alessandra da sala de cirurgia e levaram Eucivânia. A delegada acredita que neste momento se iniciaram a sucessões de erros que acabaram com a troca das crianças.

Após os partos, as duas crianças ficaram com pulseirinhas com o nome da mãe como Alessandra. Nos depoimentos, a delegada conta que uma enfermeira retirou uma das pulseiras, sem critério técnico, e colocou o nome de Eucivânia.

Com as suspeitas de que as duas crianças estivessem trocadas, o hospital forneceu exames de DNA para os pais. Os resultados dos testes confirmaram o erro de procedimento da unidade hospitalar.

As mães ficaram com as bebês trocadas por 54 dias. As investigações foram concluídas na última quarta-feira (9) e as bebês foram devolvidas às respectivas famílias. Mas Eucivânia afirma que fará visitas semanais à bebê Ana Vitória, filha de Alessandra. Segundo ela, as duas mães combinaram que vão manter os encontros das famílias.

Com a conclusão do inquérito, a delegada afirma que não houve crime, e sim falha humana. Mesmo diante da posição da polícia, Eucivânia afirma que irá processar o hospital pelos erros cometidos.

Fonte: UOL