Carlos Cury é suspeito de mutilar mais de 15 mulheres e de ter causado duas mortes
O Ministério da Saúde excluiu ontem do programa Mais Médicos o profissional Carlos Jorge Cury Masilla, 56 anos, acusado de mutilar e causar lesões em mais de 15 mulheres em Manaus. Há ainda a suspeita de que ele seja responsável por duas mortes de pacientes na capital amazonense.
A decisão foi tomada depois de o Correio Braziliense mostrar que o médico, que também é ex-deputado federal, havia sido selecionado para trabalhar em Águas Lindas de Goiás (GO). Ao apurar as denúncias com os Conselhos Regionais de Medicina (CRMs), o governo federal decidiu invalidar a inscrição de Cury.
Nem o Ministério da Saúde, nem o Conselho Federal de Medicina (CFM) se responsabilizaram pela contratação de Cury. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou que cabe ao CFM fiscalizar a integridade ética dos profissionais, enquanto a entidade informou que não foi consultada pelo órgão sobre a idoneidade do médico.
Por causa das acusações de erro médico, Carlos Cury estava com o registro no Conselho Regional de Medicina do Estado do Amazonas (Cremam) interditado desde julho e não poderia exercer a profissão por pelo menos seis meses. De acordo com Alexandre Padilha, o profissional só foi selecionado para o programa porque contava com um registro válido pelo CRM de Rondônia. “Ele só pôde se inscrever porque ele tem o CRM ativo para exercer a medicina”, afirmou na manhã de ontem.
O ministro exigiu explicações oficiais do CFM, que teria mantido o cadastro de Cury ativo. O ministro ressaltou que a entidade é a responsável por acompanhar os registros dos profissionais quando eles estão locados em mais de um estado, como é o caso de Cury. A inscrição do médico no CRM de Rondônia constava como ativa até a manhã de ontem, mas, à noite, as duas apareciam como interditadas cautelarmente.
Fonte: Correio Braziliense
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- MARCOS COLTRI
- Advogado. Especialista em Direito Médico e Odontológico. Especialista em Direito da Medicina (Coimbra). Mestre em Odontologia Legal. Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar - Escola Paulista de Direito (EPD). Coordenador ajunto do Mestrado em Direito Médico e Odontológico da São Leopoldo Mandic. Preceptor nos programas de Residência Jurídica em Direito Médico e Odontológico (Responsabilidade civil, Processo ético médico/odontológico e Perícia Cível) - ABRADIMED (Academia Brasileira de Direito Médico). Membro do Comitê de Bioética do HCor. Docente convidado da Especialização em Direito da Medicina do Centro de Direito Biomédico - Universidade de Coimbra. Ex-Presidente das Comissões de Direito Médico e de Direito Odontológico da OAB-Santana/SP. Docente convidado em cursos de Especialização em Odontologia Legal. Docente convidado no curso de Perícias e Assessorias Técnicas em Odontologia (FUNDECTO). Docente convidado de cursos de Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde. Especialista em Seguro de Responsabilidade Civil Profissional. Diretor da ABRADIMED. Autor da obra: COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA.