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Advogado. Especialista em Direito Médico e Odontológico. Especialista em Direito da Medicina (Coimbra). Mestre em Odontologia Legal. Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar - Escola Paulista de Direito (EPD). Coordenador ajunto do Mestrado em Direito Médico e Odontológico da São Leopoldo Mandic. Preceptor nos programas de Residência Jurídica em Direito Médico e Odontológico (Responsabilidade civil, Processo ético médico/odontológico e Perícia Cível) - ABRADIMED (Academia Brasileira de Direito Médico). Membro do Comitê de Bioética do HCor. Docente convidado da Especialização em Direito da Medicina do Centro de Direito Biomédico - Universidade de Coimbra. Ex-Presidente das Comissões de Direito Médico e de Direito Odontológico da OAB-Santana/SP. Docente convidado em cursos de Especialização em Odontologia Legal. Docente convidado no curso de Perícias e Assessorias Técnicas em Odontologia (FUNDECTO). Docente convidado de cursos de Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde. Especialista em Seguro de Responsabilidade Civil Profissional. Diretor da ABRADIMED. Autor da obra: COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA.

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Rio registra primeiro caso de superbactéria

O Rio de Janeiro registrou os primeiros casos de contaminação por bactérias modificadas pelo gene NDM-1. Essas superbactérias anulam os efeitos de antibióticos, inclusive aqueles que são mais utilizados para combater infecções por micro-organismos multirresistentes. Os casos foram registrados na pediatria do HemoRio, instituição de referência para tratamento de pacientes com doenças do sangue, e em hospitais de Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense, e em Duque de Caxias, na Baixada. Nenhum paciente morreu.

O Rio de Janeiro foi o segundo Estado do país a identificar a superbactéria. O Rio Grande do Sul teve cinco casos divulgados em maio.

A primeira pessoa do Rio de Janeiro a ser identificada com a superbactéria foi uma menina, que trata uma leucemia no HemoRio. Ela já havia recebido alta e depois de um mês de internação foi encaminhada para colocação de um cateter no Hospital da Criança. Lá, foi submetida ao exame de rotina para identificar possível infecção. O resultado deu positivo.

A menina não chegou a desenvolver a infecção. O hospital procurou outras crianças que entraram em contato com a paciente. Também fechou leitos para permitir o isolamento daqueles que estavam internados e a desinfecção das enfermarias. Ainda há pacientes em isolamento, mas não foram diagnosticados novos casos.

O superintendente de Vigilância Epidemiológica e Ambiental da Secretaria Estadual de Saúde, Alexandre Chieppe, esclareceu que nenhum dos pacientes identificados no Rio adoeceu. "Não foram casos de infecção. As pessoas foram colonizadas pela bactéria com mecanismo de resistência mais amplo. Não há indicação para interromper a rotina do funcionamento dos hospitais", afirmou Chieppe. Ele ressaltou que foram colocados em ação planos para conter a infecção, com intensificação da limpeza de ambientes.

O infectologista Alberto Chebabo, chefe do serviço de Doenças Infecciosas e Parasitárias do Hospital Universitário da Universidade Federal do Rio de Janeiro, explica que a infecção por superbactéria pode ser grave para pacientes com baixa imunidade, que estão em longas internações. "A bactéria se torna resistente a vários antibióticos. São poucas as opções de tratamento". Ele ressalta que o controle é muito difícil. "É importante evitar a superlotação, melhorar a higienização das mães e a vigilância de bactérias. Agora vamos ter que saber se ela vai se adaptar e ficar permanentemente no Brasil, se vai se espalhar ou se serão casos esporádicos".

As superbactérias aparecem a partir de uma mutação genética. Bactérias que já estão presentes no organismo, como a E. Coli, sofrem a modificação e passam a produzir enzimas que anulam o efeito do antibiótico. NDM-1 é a sigla pela qual é conhecida a enzima que torna a bactéria multirresistente. Significa "New Delhi Metallobetalactamase". O primeiro caso foi registrado em Nova Délhi, na Índia, em um paciente sueco, em 2009. Superbactérias com essa mutação foram identificadas nos Estados Unidos, Canadá, países da Europa e da América Latina.

Fonte: UOL/Estadão conteúdo