Relatório da Administração Central do Sistema de Saúde mostra que há várias unidades do SNS em incumprimento.
Três em cada quatro hospitais públicos realizaram mais de 20% das suas consultas fora do tempo considerado adequado, segundo um relatório da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) a que a agência Lusa teve acesso.
Destas unidades com pior desempenho, três não chegam a realizar metade das consultas em tempo adequado: Centro Hospitalar do Baixo Vouga (48,9%), Hospital Espírito Santo de Évora (39,8%) e Hospital Fernando da Fonseca – Amadora/Sintra (44,7%).
De acordo com esta avaliação realizada pelo Ministério da Saúde aos hospitais entre Janeiro e Dezembro de 2012, as unidades hospitalares com desempenhos perto dos 100% no que respeita às consultas em tempo útil são o Hospital da Figueira da Foz (96,8%), Centro Hospitalar Cova da Beira (98,4%), Centro Hospitalar Trás-os-Montes e Alto Douro (80,1%), Centro Hospitalar Lisboa Central (92,6%) e IPO de Coimbra (99,7%).
Para esta avaliação, a ACSS dividiu os hospitais em cinco grupos, tendo como critério a similaridade das instituições. Em cada um dos grupos, a unidade hospitalar que teve melhor desempenho foi classificada com bola verde, para cada critério analisado.
No âmbito do critério “consultas realizadas em tempo adequado”, a grande maioria das instituições recebeu bola vermelha, o que significa que o seu desempenho diverge mais de 10% em relação ao melhor hospital do seu grupo.
A excepção é o grupo dos IPO, no qual a bola verde foi para o de Coimbra, mas Lisboa (94,6%) e Porto (98,4%) tiveram desempenhos que divergiram menos de 10% do mais bem classificado (bola amarela).
Relativamente às cirurgias realizadas em tempo adequado, o panorama de cumprimento é melhor do que nas consultas. Cerca de metade diverge menos de 10% em relação ao melhor de cada grupo, sendo que mesmo os hospitais com bola vermelha se encontram quase todos acima dos 70% de operações cirúrgicas realizadas em tempo adequado.
Neste critério, os melhores de cada grupo foram Centro Hospitalar do Médio Ave (99,5%), Centro Hospitalar Tâmega e Sousa (99,4%), Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (93,6%), Centro Hospitalar São João (97%) e IPO do Porto (82,1%).
Fonte: www.publico.pt
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- MARCOS COLTRI
- Advogado. Especialista em Direito Médico e Odontológico. Especialista em Direito da Medicina (Coimbra). Mestre em Odontologia Legal. Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar - Escola Paulista de Direito (EPD). Coordenador ajunto do Mestrado em Direito Médico e Odontológico da São Leopoldo Mandic. Preceptor nos programas de Residência Jurídica em Direito Médico e Odontológico (Responsabilidade civil, Processo ético médico/odontológico e Perícia Cível) - ABRADIMED (Academia Brasileira de Direito Médico). Membro do Comitê de Bioética do HCor. Docente convidado da Especialização em Direito da Medicina do Centro de Direito Biomédico - Universidade de Coimbra. Ex-Presidente das Comissões de Direito Médico e de Direito Odontológico da OAB-Santana/SP. Docente convidado em cursos de Especialização em Odontologia Legal. Docente convidado no curso de Perícias e Assessorias Técnicas em Odontologia (FUNDECTO). Docente convidado de cursos de Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde. Especialista em Seguro de Responsabilidade Civil Profissional. Diretor da ABRADIMED. Autor da obra: COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA.