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Advogado. Especialista em Direito Médico e Odontológico. Especialista em Direito da Medicina (Coimbra). Mestre em Odontologia Legal. Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar - Escola Paulista de Direito (EPD). Coordenador ajunto do Mestrado em Direito Médico e Odontológico da São Leopoldo Mandic. Preceptor nos programas de Residência Jurídica em Direito Médico e Odontológico (Responsabilidade civil, Processo ético médico/odontológico e Perícia Cível) - ABRADIMED (Academia Brasileira de Direito Médico). Membro do Comitê de Bioética do HCor. Docente convidado da Especialização em Direito da Medicina do Centro de Direito Biomédico - Universidade de Coimbra. Ex-Presidente das Comissões de Direito Médico e de Direito Odontológico da OAB-Santana/SP. Docente convidado em cursos de Especialização em Odontologia Legal. Docente convidado no curso de Perícias e Assessorias Técnicas em Odontologia (FUNDECTO). Docente convidado de cursos de Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde. Especialista em Seguro de Responsabilidade Civil Profissional. Diretor da ABRADIMED. Autor da obra: COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA.

sábado, 18 de maio de 2013

Um em cada dez doentes contrai infecções nos hospitais

Apesar de usarmos mais antibióticos e desinfectantes, temos uma taxa de prevalência de infecção hospitalar muito superior à da média da União Europeia.

Parece um paradoxo: as unidades de saúde portuguesas usam mais antibióticos e maiores quantidades de solução desinfectante do que outros países, mas a nossa taxa de infecção hospitalar é substancialmente superior à da média da União Europeia.

Em Portugal, um em cada dez doentes contrai uma infecção nas unidades de saúde (10,6%), quando a taxa global de prevalência de infecções hospitalares é de 6,1%, em média, na União Europeia, indicam os dados resultantes do último inquérito efectuado sobre este problema e que esta quarta-feira foram publicados na página electrónica da Direcção-Geral da Saúde.

O Inquérito de Prevalência da Infecção Adquirida no Hospital e Uso de Antimicrobianos nas unidades de agudos (realizado em 2012) indica que o consumo médio de solução anti-séptica de base alcoólica foi de 52,9 litros por mil dias de internamento em Portugal, enquanto na média da UE se ficou pelos 36,6 litros. Da mesma forma, a percentagem de doentes a tomar antibióticos no dia em que foi efectuado este inquérito (integrado no estudo europeu do European Centre for Disease Control, que envolveu 30 países europeus) era superior em Portugal (45,4%, contra 35,8% da média).

O relatório não adianta eventuais explicações para a elevada taxa de infecção hospitalar em Portugal. Destaca apenas o reduzido número de enfermeiros de controlo de infecção e a “quase total ausência de contribuição médica” nas Comissões de Controlo de Infecção dos hospitais. Nestes dois indicadores, as médias de Portugal são substancialmente inferiores às da UE. Também a percentagem de quartos individuais disponíveis nas unidades de saúde é inferior à média europeia.

No inquérito europeu participaram 226.826 doentes de 905 hospitais. Em Portugal foram inquiridos 18.258 doentes.

Em Fevereiro passado, o Governo atribuiu o estatuto de programa nacional prioritário ao combate às infecções e às resistências aos antibióticos que, desta forma, passou a integrar a lista das (até então) oito áreas prioritárias sob a responsabilidade da Direcção-Geral da Saúde.

A taxa de prevalência de infecção hospitalar em Portugal tem aumentado: passou de 8,4%, no inquérito realizado em 2003 (em que participaram menos unidades de saúde), para 9,8%, em 2009, e agora atingiu 10,6% do total.

Fonte: www.publico.pt