PORTUGAL
Registada uma diminuição de consultas de saúde oral de 2014 para 2015, com a falta de dinheiro a ser apresentada como principal justificação.
Quase metade dos portugueses não vai ao dentista há mais de um ano, tendo-se registado uma diminuição de consultas de saúde oral de 2014 para 2015, com a falta de dinheiro a ser apresentada como principal justificação.
Estas são algumas das principais conclusões do II Barómetro Nacional de Saúde Oral e que mostram que mais de 16% dos portugueses cortou nas consultas de medicina dentária em 2015, comparativamente ao ano anterior. Contudo, em 2014 era mais elevado (20%) o número de pessoas que indicava ter diminuído as visitas ao dentista.
Segundo este barómetro, 46,7% dos portugueses não visitam o médico dentista há mais de um ano e os que foram a uma consulta são, sobretudo, mulheres, jovens, do interior Norte e de classe social mais elevada. No oposto, surgem os idosos, os moradores no Sul e as pessoas das classes sociais com menores rendimentos.
Aliás, quando é assumida a diminuição de visitas ao dentista no último ano, o principal motivo elencado são as questões monetárias, como já se tinha verificado em 2014.
Outro dos indicadores mostra que um terço dos portugueses nunca visitaram o dentista ou só o fizeram apenas em caso de urgência, enquanto 9,5% dizem mesmo nunca ir ao dentista.
A Ordem dos Médicos Dentistas, responsável por este barómetro, salienta que existe uma correlação entre a falta de dentes e as poucas visitas ao dentista. Este ano, 37% dos portugueses inquiridos afirmaram que têm falta de mais do que seis dentes naturais, mais cinco pontos percentuais do que em 2014. Além disso, mais de metade (54%) dos portugueses com falta de dentes naturais não têm nada a substituí-los (nem dentaduras, nem dentes fixos) e apenas 28% dizem ter a dentição completa, excluindo os dentes do siso.
Quanto aos hábitos de higiene oral, 97,4% dizem escovar os dentes com frequência e até aumentou, em comparação com 2014, a quantidade dos que usam elixir e fio dentário.
O barómetro demonstrou ainda que são poucos os portugueses que recorreram ao Serviço Nacional de Saúde para tratar um problema de dentes – 6,9% nos últimos 12 meses e, destes, 22% não tiveram o seu problema resolvido.
Fonte: www.publico.pt
Espaço para informação sobre temas relacionados ao direito médico, odontológico, da saúde e bioética.
- MARCOS COLTRI
- Advogado. Especialista em Direito Médico e Odontológico. Especialista em Direito da Medicina (Coimbra). Mestre em Odontologia Legal. Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar - Escola Paulista de Direito (EPD). Coordenador ajunto do Mestrado em Direito Médico e Odontológico da São Leopoldo Mandic. Preceptor nos programas de Residência Jurídica em Direito Médico e Odontológico (Responsabilidade civil, Processo ético médico/odontológico e Perícia Cível) - ABRADIMED (Academia Brasileira de Direito Médico). Membro do Comitê de Bioética do HCor. Docente convidado da Especialização em Direito da Medicina do Centro de Direito Biomédico - Universidade de Coimbra. Ex-Presidente das Comissões de Direito Médico e de Direito Odontológico da OAB-Santana/SP. Docente convidado em cursos de Especialização em Odontologia Legal. Docente convidado no curso de Perícias e Assessorias Técnicas em Odontologia (FUNDECTO). Docente convidado de cursos de Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde. Especialista em Seguro de Responsabilidade Civil Profissional. Diretor da ABRADIMED. Autor da obra: COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA.