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Advogado. Especialista em Direito Médico e Odontológico. Especialista em Direito da Medicina (Coimbra). Mestre em Odontologia Legal. Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar - Escola Paulista de Direito (EPD). Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico, Odontológico e da Saúde (FMRP-USP). Preceptor nos programas de Residência Jurídica em Direito Médico e Odontológico (Responsabilidade civil, Processo ético médico/odontológico e Perícia Cível) - ABRADIMED (Academia Brasileira de Direito Médico). Membro do Comitê de Bioética do HCor. Docente convidado da Especialização em Direito da Medicina do Centro de Direito Biomédico - Universidade de Coimbra. Ex-Presidente das Comissões de Direito Médico e de Direito Odontológico da OAB-Santana/SP. Docente convidado em cursos de Especialização em Odontologia Legal. Docente convidado no curso de Perícias e Assessorias Técnicas em Odontologia (FUNDECTO). Docente convidado do curso de Bioética e Biodireito do HCor. Docente convidado de cursos de Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde. Especialista em Seguro de Responsabilidade Civil Profissional. Diretor da ABRADIMED. Autor da obra: COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA.

sábado, 17 de outubro de 2015

'Filme de terror', diz funcionário que trabalha em clínica alvo de serial killer

G1 conversou com familiar de donos de clínica que foram assassinados.
Até o momento, Polícia Civil não conseguiu identificar suspeito dos crimes.


A sequência de crimes cometidos por um serial killer contra funcionários e familiares responsáveis por administrar uma clínica odontológica em Santos, no litoral de São Paulo, mudou a rotina dos envolvidos. O G1 conversou com um familiar, que é funcionário da clínica e que se diz 'apavorado' com a situação.

O último crime aconteceu no dia 23 de setembro, quando o homem, ainda não identificado pela polícia, baleou uma funcionária da unidade localizada no bairro Gonzaga. A vítima foi atingida cinco vezes pelo criminosos e sobreviveu. No total, duas pessoas foram executadas e outras três baleadas.

Para o familiar, que preferiu não se identificar por medo de represálias, o criminoso pode ter se confundido ao tentar matar a funcionária. "Acredito sim que esse homem possa ter acreditado que estava matando mais um familiar que trabalhava na clínica. O mais estranho é que, depois do primeiro caso, nós alteramos nossa rotina por conta da segurança, e parece que ele sabia disso, por conta do horário e da forma que ele abordou a funcionária", diz.

Em dezembro de 2014, o suspeito assassinou o dono da clínica com um tiro na cabaça, quando ele deixava a unidade que também fica no bairro Gonzaga.
O segundo crime aconteceu em julho deste ano, quando o serial killer matou a irmã do empresário, próximo à unidade localizada no Centro da cidade. Ao G1, o familiar diz que por conta dos crimes, as duas clínicas localizadas em Santos e as duas que ficam na cidade vizinha de São Vicente foram fechadas.

"Trabalhamos em um estabelecimento reconhecido na região, que ganhou diversos prêmios e já atendeu cerca de 100 mil clientes. Depois da última tentativa de assassinato, decidimos interromper os serviços para preservar nossos funcionários e quem procura nossos serviços. Por medo, muitos deles pediram demissão e, de certa forma, compreendo a decisão deles", explica.

A família ainda não tem ideia de quem possa estar por trás dos crimes ou qual a motivação do serial killer. O familiar ouvido pelo G1 diz que todos vêm cooperando com a Polícia Civil. "É uma mistura de filme de terror, suspense e policial. Vemos casos assim no exterior, mas você nunca pensa que um cara, com uma peruca, possa sair por aí matando pessoas da sua família em plena luz do dia. Estamos todos com medo de sair na rua, de ser o próximo alvo", desabafa.

Retrato falado
A Polícia Civil divulgou nesta quinta-feira (15) um novo retrato falado do suspeito de matar dois funcionários. "Já fizemos diversas reuniões com funcionários da empresa, familiares das vítimas e até então não encontramos nenhuma justificativa para esses crimes", disse o delegado Alexandre Aranha, responsável pelo caso.

Sem ameaças
Segundo o delegado, também chama a atenção das autoridades que as vítimas não receberam nenhum tipo de ameaça antes dos crimes. O caso foi registrado no 7º Distrito Policial de Santos e é investigado pelo Delegacia Especializada Antissequestro (Deas).

Mortes
No dia 23 de dezembro de 2014, o empresário Agilson Corrêa de Carvalho, de 54 anos, foi morto com um tiro na cabeça quando saía da clínica localizada no bairro Gonzaga.

Segundo testemunhas, o bandido agiu sozinho e a rua ainda estava movimentada no momento da ação por conta das compras de Natal.

No dia 15 de julho deste ano, a irmã de Agilson, Aldacy Corrêa de Carvalho, de 56 anos, também foi assassinada ao sair de uma das unidades da clínica, que fica no Centro de Santos. Ela estava acompanhada por outras duas pessoas que também foram alvo dos disparos.

Fonte: G1/Santos e Região