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Advogado. Especialista em Direito Médico e Odontológico. Especialista em Direito da Medicina (Coimbra). Mestre em Odontologia Legal. Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar - Escola Paulista de Direito (EPD). Coordenador ajunto do Mestrado em Direito Médico e Odontológico da São Leopoldo Mandic. Preceptor nos programas de Residência Jurídica em Direito Médico e Odontológico (Responsabilidade civil, Processo ético médico/odontológico e Perícia Cível) - ABRADIMED (Academia Brasileira de Direito Médico). Membro do Comitê de Bioética do HCor. Docente convidado da Especialização em Direito da Medicina do Centro de Direito Biomédico - Universidade de Coimbra. Ex-Presidente das Comissões de Direito Médico e de Direito Odontológico da OAB-Santana/SP. Docente convidado em cursos de Especialização em Odontologia Legal. Docente convidado no curso de Perícias e Assessorias Técnicas em Odontologia (FUNDECTO). Docente convidado de cursos de Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde. Especialista em Seguro de Responsabilidade Civil Profissional. Diretor da ABRADIMED. Autor da obra: COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Possível erro pode ter matado idosa

A paciente teria passado mal durante um procedimento de alimentação intravenosa

Na manhã de segunda-feira, uma senhora, de 89 anos, morreu em decorrência de uma convulsão, na Santa Casa de Barra Mansa. Segundo a família da paciente, a idosa, Ilda Vitor Maciel, que estava internada desde o dia 27 de setembro, teria passado mal durante um procedimento de alimentação intravenosa, realizada por uma técnica em enfermagem no último domingo. Ao invés de injetar o soro na paciente, a enfermeira teria injetado alimento na veia da senhora.

De acordo com o ouvidor da Santa Casa de Barra Mansa, Altair Carvalho, a acompanhante de dona Ilda, sua neta, teria percebido a preparação da alimentação intravenosa, feita pela enfermeira e informado o caso à enfermeira chefe, que interrompeu o processo.

“É verdade que existe a acusação por parte da família, alegando um erro por parte da enfermeira. No entanto, de acordo com um inquérito que fizemos dentro da Santa Casa, chegou a existir a tentativa do procedimento errado, mas essa não se concretizou”, disse.

Na terça-feira, o diretor administrativo da Santa Casa, Álvaro Freitas, deu uma declaração à uma emissora de televisão alegando que houve o erro por parte da enfermeira. No entanto, na coletiva de imprensa organizada ontem, o assessor jurídico do hospital, Marcus Vinícius Faria, constatou que não houve erro algum da enfermeira, havendo, assim, uma divergência dos fatos.

“Em nenhum momento foi constatado o erro da funcionária. Nós abrimos um inquérito para apurarmos o fato, já que não trabalhamos com hipóteses, originadas pelas acusações feitas pela família da paciente”, afirmou.

Segundo a diretora técnica do hospital, Maria Hercília Fiuza, a enfermeira, que estava de folga no dia da coletiva, foi afastada das funções que poderiam desencadear em reclamações semelhantes ao caso citado, mas que essa ainda continua trabalhando na Santa Casa.

“Como não sabemos se houve ou não o erro médico, não podemos dar qualquer punição à ela. Teremos que esperar o laudo do IML para saber a causa da morte. Até isso acontecer, iremos que manter a lei do sigilo, sem divulgar nome ou qualquer informação relacionada à ela”, alegou.

O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj), seccional da cidade, já abriu uma sindicância, solicitando ao hospital, um esclarecimento rápido sobre o assunto.

O hospital pediu permissão à família da idosa para que o corpo pudesse ser levado ao IML de Volta Redonda, onde seria realizada uma necropsia para saber o real motivo da morte de dona Ilda. O resultado está previsto para sair entre 30 e 40 dias.

Ilda Vitor Maciel deu entrada na Santa Casa de Barra Mansa no último dia 27, em decorrência de um Acidente Vascular Encefálico Hemorrágico. Ela chegou ao hospital em estado grave e faleceu às 10h35min da última segunda-feira, 12 horas depois de ter sofrido uma convulsão. Ela foi enterrada na manhã da última terça-feira, no cemitério municipal.

Fonte: A voz da cidade