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Advogado. Especialista em Direito Médico e Odontológico. Especialista em Direito da Medicina (Coimbra). Mestre em Odontologia Legal. Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar - Escola Paulista de Direito (EPD). Coordenador ajunto do Mestrado em Direito Médico e Odontológico da São Leopoldo Mandic. Preceptor nos programas de Residência Jurídica em Direito Médico e Odontológico (Responsabilidade civil, Processo ético médico/odontológico e Perícia Cível) - ABRADIMED (Academia Brasileira de Direito Médico). Membro do Comitê de Bioética do HCor. Docente convidado da Especialização em Direito da Medicina do Centro de Direito Biomédico - Universidade de Coimbra. Ex-Presidente das Comissões de Direito Médico e de Direito Odontológico da OAB-Santana/SP. Docente convidado em cursos de Especialização em Odontologia Legal. Docente convidado no curso de Perícias e Assessorias Técnicas em Odontologia (FUNDECTO). Docente convidado de cursos de Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde. Especialista em Seguro de Responsabilidade Civil Profissional. Diretor da ABRADIMED. Autor da obra: COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Após perder filho, casal seleciona embrião 'sem risco' genético de câncer

Um casal britânico que perdeu um filho vítima de um tipo raro de câncer no cérebro, conseguiu ter um segundo filho saudável após passar por um tratamento de seleção de embriões.

O embrião selecionado e implantado no útero da mãe não tinha um gene responsável por aumentar exponencialmente o risco de câncer no filho.

Nicky e Neil Halford, ambos com 36 anos, tiveram um filho, Ben, que morreu aos cinco anos de idade depois de lutar durante três anos contra o câncer.

Nikky é portadora de um gene que aumenta a predisposição ao câncer, um problema conhecido como síndrome de Li-Fraumeni. Ela teve câncer de mama aos 21 anos.

Até o nascimento de Ben, o casal nem mesmo sabia da existência deste gene. Antes da gravidez, eles perguntaram a médicos quais as chances de a criança ter problemas como câncer, devido ao fato de Nicky ter sofrido da doença tão jovem. A resposta foi que as chances eram pequenas.

No entanto, o menino foi diagnosticado com câncer no cérebro quando tinha quase dois anos de idade.

Culpa

Depois do diagnóstico, Nicky Halford insistiram para que os médicos fizessem exames que descobriram que ela e o filho eram portadores do gene raro.

"Eu sabia que não poderia ser uma coincidência. Me senti tão culpada, eu me culpava (pela doença de Ben)", afirmou Nicky.

Ben passou por três cirurgias e por tratamentos de radioterapia e de quimioterapia entre os dois e os cinco anos de idade.

Entre a segunda e a terceira cirurgia, quando o menino parecia ter melhorado, Neil e Nicky perguntaram se ele gostaria de ter um irmão ou uma irmã.

Ben disse que gostaria de ter um irmão e pediu que ele se chamasse Tom.

O casal se submeteu, então, a um tratamento de fertilização in vitro no qual os embriões são analisados e selecionados, mas, com a volta do câncer de Ben, os planos foram adiados.

O menino ainda passou por uma cirurgia, apresentou uma melhora, mas o câncer voltou e se espalhou pelo cérebro, tornando uma nova cirurgia impossível.

Ben morreu em outubro de 2010.

Única chance

O casal esperou por um ano para iniciar o tratamento para ter o segundo filho.

O tratamento consiste em fazer exames nos embriões, gerados por fertilização in vitro, para detectar se algum deles tem o gene que afetou Ben.

Apenas dois embriões foram considerados apropriados para serem examinados, um deles tinha o gene e outro não tinha.

Este embrião saudável foi implantado em Nicky e ela conseguiu engravidar.

"Tínhamos apenas um embrião, então, foi mesmo uma única chance. (...) Quando descobri que estava grávida, nós dois choramos", afirmou Nicky.

O filho foi batizado de Tom, como Ben havia pedido.

"Algumas pessoas são contra (este tipo de tratamento) pois elas dizem que a ciência não pode interferir na natureza. Nós queríamos dar (ao bebê) a melhor chance possível (...)", disse Neil Halford

"Já ouvi falar de pessoas escolhendo o sexo (de um bebê), mas esta era uma questão de vida ou morte. Não poderíamos assistir a outra criança sofrendo como Ben sofreu."

Graças ao tratamento, Tom, que está com oito semanas de idade, tem apenas 4% de risco de desenvolver câncer, um percentual muito inferior aos 50% de risco que teria caso tivesse herdado o gene que teria causado o câncer da mãe e do irmão falecido.

Fonte: UOL