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Advogado. Especialista em Direito Médico e Odontológico. Especialista em Direito da Medicina (Coimbra). Mestre em Odontologia Legal. Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar - Escola Paulista de Direito (EPD). Coordenador ajunto do Mestrado em Direito Médico e Odontológico da São Leopoldo Mandic. Preceptor nos programas de Residência Jurídica em Direito Médico e Odontológico (Responsabilidade civil, Processo ético médico/odontológico e Perícia Cível) - ABRADIMED (Academia Brasileira de Direito Médico). Membro do Comitê de Bioética do HCor. Docente convidado da Especialização em Direito da Medicina do Centro de Direito Biomédico - Universidade de Coimbra. Ex-Presidente das Comissões de Direito Médico e de Direito Odontológico da OAB-Santana/SP. Docente convidado em cursos de Especialização em Odontologia Legal. Docente convidado no curso de Perícias e Assessorias Técnicas em Odontologia (FUNDECTO). Docente convidado de cursos de Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde. Especialista em Seguro de Responsabilidade Civil Profissional. Diretor da ABRADIMED. Autor da obra: COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA.

domingo, 6 de junho de 2010

Erro médico em discussão

Hospital César Cals promove encontro para diminuir falhas que comprometem a saúde dos pacientes

Em cada dez pacientes, um sofre algum agravo relacionado ao atendimento de saúde durante a assistência. O erro, embora seja na maioria das vezes involuntário, deve ser avaliado para que não se repita, bem como para que se invista mais na segurança dos doentes.

Essa análise foi debatida, ontem, pela doutora em Enfermagem e representante da Câmara Técnica do Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (Coren-SP), Maria de Jesus Harada. Ela proferiu um curso para 110 profissionais enfermeiros de diferentes hospitais de Fortaleza e do interior do Estado no Hospital Geral Dr. César Cals de Oliveira (HGCC).

Tabu a ser quebrado

De acordo com Maria de Jesus Harada, a avaliação do erro é um tabu que deve ser quebrado por todas as categorias profissionais, a exemplo do que faz a aviação. ``Nós devemos perseguir o histórico do erro não para perseguir profissionais. Na verdade, a ´caixa preta´, como existe nos aviões, serve para que se acerte mais e para a melhoria do aprendizado``, disse.

Na sua avaliação, os erros mais comuns são aqueles que implicam em hora, data, uso de medicação e via certos. ``Quando um desses procedimentos não ocorre de forma correta, há agravos para o paciente``, asseverou a especialista.

Segundo Maria de Jesus, há medidas essenciais para um atendimento eficaz e sem erros, como a identificação do paciente; a orientação sobre a diferenciação de medicamentos cujas pronúncias são parecidas; os cuidados antes, durante e após o procedimento cirúrgico; a comunicação na passagem de plantão entre os profissionais; a transferência de pacientes; e o principal deles, a higienização das mãos. Para a enfermeira e professora, ``essa higienização é fundamental para a segurança do paciente, como potencial de redução de infecções``.

Conforme Solange Paiva, coordenadora de Educação Continuada do HGCC, o tema vem sendo discutido no mundo e é relevante para a prática de saúde. Essa atenção com a segurança faz parte das diretrizes da Organização Mundial da Saúde, desde 2004, quando foi lançada a Aliança Mundial para a Segurança do Paciente, na busca pela orientação, prevenção e reflexão nas práticas de cuidados de saúde.

Fonte: Diário do Nordeste