O Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, no Fundão, Ilha do Governador, zona norte do Rio, permanece parcialmente interditado na manhã desta terça-feira após um abalo estrutural em quatro pilares do setor mais antigo no prédio anexo, que já estava desocupado, segundo a UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). Por causa do problema, dos 260 pacientes que estavam internados na ala D ao lado da área afetada, 79 foram remanejados para outros setores da unidade.
As aulas de pelo menos 1.200 estudantes de todas as especialidades da faculdade de medicina foram suspensas até a próxima quinta-feira (24) para diminuir o fluxo de pessoas.
A UFRJ informou ainda que o prédio anexo, que sofreu o abalo estrutural, não corre risco de desabar. A assessoria da universidade destacou que os seis doentes, que estavam na UTI coronariana, não precisaram ser levados para outro hospital e continuam internados na unidade. Até a manhã desta terça, o hospital de campanha montado no estacionamento não precisou ser usado.
Na madrugada de segunda-feira (21), pacientes e funcionários ouviram ruídos e estrondos acompanhados de tremores na parte desocupada do prédio do hospital. Técnicos da área de engenharia da UFRJ identificaram abalo estrutural em dois pilares, que acabaram sobrecarregando e envergando outras duas colunas. Em seguida, por segurança, áreas do hospital como a ala D e parte do entorno da unidade, no estacionamento, foram interditadas.
Na manhã de ontem, bombeiros e técnicos da Defesa Civil Estadual cercaram o prédio anexo e o entorno da área afetada. A UFRJ informou que circulam diariamente no hospital 3.400 funcionários, além de 1.200 alunos de medicina e dois mil de outras especialidades acadêmicas ligadas à saúde.
Técnicos da empresa de engenharia Concrejato fixaram na madrugada de hoje placas de aço e injetaram cimento nas quatro colunas de sustentação que sofreram os abalos no prédio anexo. Segundo a UFRJ, as áreas interditadas devem ser liberadas no final da tarde desta terça e os alunos de medicina devem voltar às aulas amanhã (23).
A assessoria do hospital informou também que, apesar do problema, a unidade funciona normalmente. Apenas as cirurgias eletivas sem urgência foram suspensas e serão novamente agendadas nesta semana.
Construído na década de 50 como uma ampliação do hospital Clementino Fraga Filho, o anexo foi inaugurado com obras inacabadas e nunca foi ocupado. Conhecido como "perna seca", o prédio tem 120 mil metros quadrados de área. O cálculo inicial estimado para a conclusão das obras seria de R$ 16 milhões, segundo a universidade.
Fonte: Folha Online
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- MARCOS COLTRI
- Advogado. Especialista em Direito Médico e Odontológico. Especialista em Direito da Medicina (Coimbra). Mestre em Odontologia Legal. Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar - Escola Paulista de Direito (EPD). Coordenador ajunto do Mestrado em Direito Médico e Odontológico da São Leopoldo Mandic. Preceptor nos programas de Residência Jurídica em Direito Médico e Odontológico (Responsabilidade civil, Processo ético médico/odontológico e Perícia Cível) - ABRADIMED (Academia Brasileira de Direito Médico). Membro do Comitê de Bioética do HCor. Docente convidado da Especialização em Direito da Medicina do Centro de Direito Biomédico - Universidade de Coimbra. Ex-Presidente das Comissões de Direito Médico e de Direito Odontológico da OAB-Santana/SP. Docente convidado em cursos de Especialização em Odontologia Legal. Docente convidado no curso de Perícias e Assessorias Técnicas em Odontologia (FUNDECTO). Docente convidado de cursos de Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde. Especialista em Seguro de Responsabilidade Civil Profissional. Diretor da ABRADIMED. Autor da obra: COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA.