Como não é obrigatória, acreditação é pouco difundida no País. Porém, é um caminho em prol da segurança do paciente e dos profissionais de saúde.
Acreditação Hospitalar: Um Longo Caminho Adiante
Manter a qualidade em níveis altos e oferecer o melhor para pacientes e funcionários deveria ser as diretrizes das instituições de saúde. Mas o cenário mostra que o Brasil ainda está bem longe do ideal. Parte dessa responsabilidade é da falta de informação sobre a importância da acreditação hospitalar.
A Organização Nacional de Acreditação (ONA) é uma entidade não governamental e sem fins lucrativos que certifica a qualidade de serviços de saúde no Brasil, com foco na segurança do paciente. O órgão usa metodologia é reconhecida pela ISQua (International Society for Quality in Health Care), associação parceira da OMS, mas, de acordo com a superintendente Carolina Moreno, apenas 3,7% das organizações do Brasil são acreditadas.
“A acreditação, por conceito, é uma metodologia voluntária. Então, as organizações se inscrevem para participar do processo. Não é obrigatório. Aqui no Brasil ela é pouco difundida. A ONA tem 485 organizações acreditadas hoje, sendo que 242 são hospitais, se pensarmos em âmbito nacional em que existem mais de 6.000 hospitais registrados não é nada”, avalia Moreno.
Apesar disso, nos últimos dois anos, os profissionais da área médica têm visto o assunto ser abordado com mais frequência. O que coincide com a iniciativa da ANS de disseminar a importância da acreditação. “Além disso, o Programa Nacional de Segurança do Paciente propõe-se a interferir em questões bastante relevantes”, pontua a superintendente da ONA.
Vale ressaltar que a acreditação hospitalar minimiza eventos adversos e melhora a segurança não apenas dos pacientes, mas também de todos os profissionais envolvidos no processo. “É uma maneira de validação de qualidade, segurança da assistência e da gestão prestada. Porém, é necessário que se atenda alguns padrões”, explica Carolina Moreno.
Fonte: IBSP
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- MARCOS COLTRI
- Advogado. Especialista em Direito Médico e Odontológico. Especialista em Direito da Medicina (Coimbra). Mestre em Odontologia Legal. Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar - Escola Paulista de Direito (EPD). Coordenador ajunto do Mestrado em Direito Médico e Odontológico da São Leopoldo Mandic. Preceptor nos programas de Residência Jurídica em Direito Médico e Odontológico (Responsabilidade civil, Processo ético médico/odontológico e Perícia Cível) - ABRADIMED (Academia Brasileira de Direito Médico). Membro do Comitê de Bioética do HCor. Docente convidado da Especialização em Direito da Medicina do Centro de Direito Biomédico - Universidade de Coimbra. Ex-Presidente das Comissões de Direito Médico e de Direito Odontológico da OAB-Santana/SP. Docente convidado em cursos de Especialização em Odontologia Legal. Docente convidado no curso de Perícias e Assessorias Técnicas em Odontologia (FUNDECTO). Docente convidado de cursos de Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde. Especialista em Seguro de Responsabilidade Civil Profissional. Diretor da ABRADIMED. Autor da obra: COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA.