Secretaria de Saúde do município disse que um paciente não precisava mais tomar o medicamento, que estava em falta na unidade
Na semana passada, o problema de seu Manoel Costa, que não conseguia o remédio que deveria receber de graça no posto de saúde da Vila Tamandaré, em Olinda, foi mostrado no NETV. Na ocasião, uma representante da Secretaria de Saúde do município disse que o paciente não precisava mais tomar o medicamento. No entanto, a mulher dele, a dona de casa Rosângela Santos Costa (foto 1), mostrou um documento do posto de saúde onde consta a prescrição médica do remédio. A Prefeitura prometeu esclarecer o caso.
O hospital em que seu Manoel, 66 anos, está internado hoje fica em Prazeres, Jaboatão dos Guararapes. Foi somente lá que ele conseguiu marcar uma cirurgia para retirar uma prótese colocada no osso da perna.
O paciente, que tem pressão alta, levou uma queda e quebrou o fêmur em setembro de 2009, quando se recuperava de um derrame. Na semana passada, Rosângela denunciou que o marido não estava recebendo o remédio para controlar a pressão no posto de saúde da Vila Tamandaré.
A chefe do distrito sanitário, Messulan Torres, disse que havia um engano. De acordo com ela, o médico que acompanhava seu Manoel teria suspendido o uso da nifedipina, substância que regula a pressão arterial. Por isso, o paciente não precisaria mais do medicamento.
Na quinta-feira (10), Rosângela mostrou um documento - um receituário do município - que pode comprovar que o tratamento não foi suspenso. ``Aqui está a prova. O posto está mesmo em falta``, disse.
A secretária de Sáude de Olinda, Tereza Miranda (foto 2), solicitou o prontuário do paciente. Ela disse que vai enviar um relatório para que o Conselho Regional de Medicina de Pernambuco faça uma avaliação para saber se houve erro médico. ``Pode ter ocorrido algum tipo de erro na comunicação entre eles. Nesse momento, nós temos que ter clareza, receber e conversar com a família. Vamos visitar o paciente para saber o estado dele e encaminhá-lo a um cardiologista, que irá avaliar qual o medicamento certo para ele``, falou.
Fonte: Redação do pe360graus.com
- MARCOS COLTRI
- Advogado. Especialista em Direito Médico e Odontológico. Especialista em Direito da Medicina (Coimbra). Mestre em Odontologia Legal. Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar - Escola Paulista de Direito (EPD). Coordenador ajunto do Mestrado em Direito Médico e Odontológico da São Leopoldo Mandic. Preceptor nos programas de Residência Jurídica em Direito Médico e Odontológico (Responsabilidade civil, Processo ético médico/odontológico e Perícia Cível) - ABRADIMED (Academia Brasileira de Direito Médico). Membro do Comitê de Bioética do HCor. Docente convidado da Especialização em Direito da Medicina do Centro de Direito Biomédico - Universidade de Coimbra. Ex-Presidente das Comissões de Direito Médico e de Direito Odontológico da OAB-Santana/SP. Docente convidado em cursos de Especialização em Odontologia Legal. Docente convidado no curso de Perícias e Assessorias Técnicas em Odontologia (FUNDECTO). Docente convidado de cursos de Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde. Especialista em Seguro de Responsabilidade Civil Profissional. Diretor da ABRADIMED. Autor da obra: COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA.
