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Advogado. Especialista em Direito Médico e Odontológico. Especialista em Direito da Medicina (Coimbra). Mestre em Odontologia Legal. Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar - Escola Paulista de Direito (EPD). Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico, Odontológico e da Saúde (FMRP-USP). Preceptor nos programas de Residência Jurídica em Direito Médico e Odontológico (Responsabilidade civil, Processo ético médico/odontológico e Perícia Cível) - ABRADIMED (Academia Brasileira de Direito Médico). Membro do Comitê de Bioética do HCor. Docente convidado da Especialização em Direito da Medicina do Centro de Direito Biomédico - Universidade de Coimbra. Ex-Presidente das Comissões de Direito Médico e de Direito Odontológico da OAB-Santana/SP. Docente convidado em cursos de Especialização em Odontologia Legal. Docente convidado no curso de Perícias e Assessorias Técnicas em Odontologia (FUNDECTO). Docente convidado do curso de Bioética e Biodireito do HCor. Docente convidado de cursos de Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde. Especialista em Seguro de Responsabilidade Civil Profissional. Diretor da ABRADIMED. Autor da obra: COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Plano de saúde não autoriza transplante de menino que encontrou doador de medula óssea

Bradesco Saúde se comprometeu a apurar o caso; custo de tratamento é de 100 mil dólares

O menino Caio Szerszen Souza, oito anos, que passou sete meses em campanha procurando um doador de medula óssea, finalmente conseguiu encontrar alguém compatível, no último mês de dezembro. Entretanto, o plano de saúde de Caio, Bradesco Saúde, ainda não autorizou o procedimento, preocupando a família, segundo informa o jornal O Estado de S. Paulo.

Caio sofre de DGC, Doença Granulomatosa Crônica. O doador de medula 100% compatível foi encontrado fora do país. A situação do garoto é delicada, já que ele sofre infecções constantes, além de ter sido, por várias vezes, internado com pneumonia, doença que, em 2015, lhe fez perder parte do pulmão esquerdo.

"Quando recebi o telefonema com a notícia de que alguém compatível tinha sido encontrado, me sentei no sofá e comecei a chorar", relata a mãe de Caio, Márcia, em entrevista ao Estadão.

Os pais de Caio foram atendidos presencialmente pela operadora onde moram, Florianópolis, no dia 22 de janeiro, e foram orientados a prosseguir com o pedido de liberação do transplante por e-mail. Sandro, o pai, diz que foram feitos três contatos desde o dia 27, porém, as respostas do plano vieram com o pedido de mais exames e laudos.

O Estadão, nesta quarta-feira, entrou em contato com o plano Bradesco Saúde, cuja assessoria afirmou que vai apurar o ocorrido. Até o momento, não houve resposta oficial da operadora.

A advogada da família, Karin Fadel, está se preparando para pedir na Justiça uma liminar, caso a Bradesco Saúde não se manifeste positivamente ainda nesta semana. O custo do transplante e dos primeiros 100 dias de tratamento do menino está estimado em US$ 100 mil (aproximadamente R$ 400 mil).

Morando temporariamente na casa da avó, no interior do Rio Grande do Sul, Caio está em isolamento. Por causa do risco de infecções, ele só pode sair de casa usando máscara, e, com vergonha, não sai mais à rua.

Se antes a campanha da família era para encontrar um doador, agora os esforços são concentrados em convencer a seguradora a liberar o custeio médico. No Facebook, os Szerszen clamam "Bradesco Saúde, Libera meu Transplante". Familiares e amigos, em solidariedade, utilizam fotos do menino em seus perfis.

Fonte: Diário de Pernambuco