Às vezes, nem mesmo o dinheiro e as conexões ou posição social são suficientes. A “prima favorita” do ex-presidente dos EUA, Bill Clinton, morreu como resultado de um diagnóstico errado. Ela nunca recebeu um diagnóstico definitivo para uma infecção fatal, afirmou ele.
No quarto World Patient Safety, Science and Technology Summit (Encontro Mundial sobre Segurança do Paciente, Ciência e Tecnologia), realizado na Califórnia, o ex-presidente explicou como a Segurança do Paciente tornou-se “profundamente pessoal” para ele. Clinton contou a história de uma prima que foi diagnosticado em uma clínica “perfeitamente adequada” em Arkansas. “Ela foi diagnosticada como tendo uma gripe e o médico disse para tomar Theraflu. Quarenta e oito horas depois, ela apresentou-se marcadamente pior. Eles correram para o hospital e descobriram que ela tinha sepse. Ela morreu em 36 horas.”
Após este evento, Clinton se tornou um ativo organizador do Patient Safety Movement Foundation, uma organização sem fins lucrativos que tem a meta de chegar a zero mortes evitáveis em hospitais dos Estados Unidos em 2020. Clinton participa deste evento anual a cada ano desde a sua fundação. “Um dia, ela se foi através de uma morte perfeitamente evitável”, disse Clinton sobre sua prima. Ele também contou outra história sobre um amigo, o bem sucedido produtor de TV Michael King, que morreu no ano passado por uma infecção que os médicos não conseguiram identificar.
Segundo ele, não há suficiente atenção colocada no tema Segurança do Paciente. “Comparando esse problema com o terrorismo: desde 9/11, 45 americanos foram mortos por incidentes terroristas”, porém, 200.000 pessoas morreram anualmente em hospitais norte-americanos – e 3 milhões em todo o mundo – em situações que poderiam ter sido evitadas.
Fonte: Versel, N. Medical errors hit home for Bill Clinton. MedCity News.
Fonte: IBES (Instituto Brasileiro para Excelência em Saúde
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- MARCOS COLTRI
- Advogado. Especialista em Direito Médico e Odontológico. Especialista em Direito da Medicina (Coimbra). Mestre em Odontologia Legal. Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar - Escola Paulista de Direito (EPD). Coordenador ajunto do Mestrado em Direito Médico e Odontológico da São Leopoldo Mandic. Preceptor nos programas de Residência Jurídica em Direito Médico e Odontológico (Responsabilidade civil, Processo ético médico/odontológico e Perícia Cível) - ABRADIMED (Academia Brasileira de Direito Médico). Membro do Comitê de Bioética do HCor. Docente convidado da Especialização em Direito da Medicina do Centro de Direito Biomédico - Universidade de Coimbra. Ex-Presidente das Comissões de Direito Médico e de Direito Odontológico da OAB-Santana/SP. Docente convidado em cursos de Especialização em Odontologia Legal. Docente convidado no curso de Perícias e Assessorias Técnicas em Odontologia (FUNDECTO). Docente convidado de cursos de Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde. Especialista em Seguro de Responsabilidade Civil Profissional. Diretor da ABRADIMED. Autor da obra: COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA.