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Advogado. Especialista em Direito Médico e Odontológico. Especialista em Direito da Medicina (Coimbra). Mestre em Odontologia Legal. Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar - Escola Paulista de Direito (EPD). Coordenador ajunto do Mestrado em Direito Médico e Odontológico da São Leopoldo Mandic. Preceptor nos programas de Residência Jurídica em Direito Médico e Odontológico (Responsabilidade civil, Processo ético médico/odontológico e Perícia Cível) - ABRADIMED (Academia Brasileira de Direito Médico). Membro do Comitê de Bioética do HCor. Docente convidado da Especialização em Direito da Medicina do Centro de Direito Biomédico - Universidade de Coimbra. Ex-Presidente das Comissões de Direito Médico e de Direito Odontológico da OAB-Santana/SP. Docente convidado em cursos de Especialização em Odontologia Legal. Docente convidado no curso de Perícias e Assessorias Técnicas em Odontologia (FUNDECTO). Docente convidado de cursos de Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde. Especialista em Seguro de Responsabilidade Civil Profissional. Diretor da ABRADIMED. Autor da obra: COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA.

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Médicos estrangeiros preferem as capitais

Pesquisa Datafolha mostra que maioria dos brasileiros aprova o programa

Assim como os brasileiros, os médicos estrangeiros selecionados pelo programa Mais Médicos têm preferência pelas capitais e regiões metropolitanas. Levantamento do GLOBO mostra que as 27 capitais e suas regiões metropolitanas foram o destino selecionado por 52,21% dos 521 estrangeiros com registro profissional em outros países. No caso dos médicos com registro no Brasil, esse índice pouco muda, ficando em 51,88%.

Ao todo, o programa selecionou 1.305 médicos com registro no Brasil. Eles já homologaram sua inscrição, ou seja, já aceitaram trabalhar nas cidades indicada pelo ministério.

No caso dos estrangeiros, eles tinham até meia-noite de ontem para confirmar a participação no programa. Ou seja, o número de médicos inscritos ainda pode diminuir. Os brasileiros formados no exterior também tinham até a meia-noite para homologar a participação. Eles são o único grupo em que a maior parte aceita ir para o interior: 52,06% dos 194 selecionados.

Caso todos os médicos homologuem sua participação, o programa terá 2.020 médicos, o suficiente para atender apenas 13,1% da demanda de 15.460 vagas apresentada pelos municípios. Uma nova etapa de seleção terá começo no dia 15 de agosto, para preenchimento das vagas restantes. O governo vem apontando a baixa adesão de brasileiros ao programa, e a preferência pelas grandes cidades, como motivos para defender a vinda dos estrangeiros.

- Em torno de mil médicos brasileiros preencheram, cumpriram todos os requisitos, selecionaram o município para onde irão. Na seleção do município para onde irão, tirando Manaus e Brasília, o resto escolheu o litoral. Assim sendo, após a seleção dos médicos brasileiros, formados aqui, nós passaremos para a seleção dos médicos com diploma no exterior - afirmou a presidente Dilma Rousseff, no último sábado, em Porto Alegre.

Pesquisa Datafolha divulgada ontem mostra que cresceu de 47% (no fim de junho) para 54% a aprovação à contratação de médicos estrangeiros no Brasil. Já o percentual de entrevistados contrários à medida caiu de 48% para 40%. O Datafolha ouviu 2.615 pessoas, em 160 cidades brasileiras.

O conselheiro Mauro Ribeiro, do Conselho Federal de Medicina (CFM), diz que o resultado da pesquisa pode ser reflexo dos ``milhões`` que o governo têm gastado em propaganda do programa Mais Médicos. Ele questiona a amostragem do levamento, principalmente em relação ao alto número de simpatizantes do PT e do governo federal dentre os que apoiam a medida.

- O Conselho Federal de Medicina quer proteger a sociedade da má prática médica. Não é guiado pelo que é popular ou pelo que não é popular. É bom ressaltar que o Conselho não é contra trazer médicos estrangeiros, mas fazê-lo sem o Revalida (o exame de revalidação do diploma) é inconcebível - disse, acrescentando que o programa tem ``cunho eleitoreiro``.

Fonte: O Globo