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Advogado. Especialista em Direito Médico e Odontológico. Especialista em Direito da Medicina (Coimbra). Mestre em Odontologia Legal. Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar - Escola Paulista de Direito (EPD). Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico, Odontológico e da Saúde (FMRP-USP). Preceptor nos programas de Residência Jurídica em Direito Médico e Odontológico (Responsabilidade civil, Processo ético médico/odontológico e Perícia Cível) - ABRADIMED (Academia Brasileira de Direito Médico). Membro do Comitê de Bioética do HCor. Docente convidado da Especialização em Direito da Medicina do Centro de Direito Biomédico - Universidade de Coimbra. Ex-Presidente das Comissões de Direito Médico e de Direito Odontológico da OAB-Santana/SP. Docente convidado em cursos de Especialização em Odontologia Legal. Docente convidado no curso de Perícias e Assessorias Técnicas em Odontologia (FUNDECTO). Docente convidado do curso de Bioética e Biodireito do HCor. Docente convidado de cursos de Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde. Especialista em Seguro de Responsabilidade Civil Profissional. Diretor da ABRADIMED. Autor da obra: COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA.

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Filho morre e pai acusa hospital de descaso: 'Aqui a gente é lixo'

Jovem tinha sintomas de dengue hemorrágica, mas não foi internado.
Prefeitura de Itanhaém, SP, diz que está investigando a morte.


Um adolescente de 17 anos morreu na manhã deste domingo (14) em Itanhaém, no litoral de São Paulo, com suspeita de dengue hemorrágica. A família alega que houve demora para que o jovem fosse internado no pronto-socorro da cidade, pois ele já apresentava vários sintomas da doença.

Segundo os familiares, Welisson Santana da Silva, morador do bairro Ivoty, sofria com convulsões desde criança. Na segunda-feira (8), ele estava com febre e procurou atendimento no Pronto-Socorro de Itanhaém. Os médicos diagnosticaram dengue, o medicaram, deram soro e o mandaram para casa.

Ainda de acordo com a família, o mesmo procedimento se repetiu nos dois dias seguintes até que, na quinta-feira (11), o exame apontou que Welisson tinha menos de 100 mil plaquetas. O adolescente reclamava de fortes dores abdominais e começou a vomitar, alguns dos sintomas de dengue hemorrágica.

Rosana Aparecida Santana, mãe de Welisson, conta que os médicos só decidiram internar o jovem quando o quadro clínico já era bem grave. "Eles mandaram meu filho para casa e me disseram que, se ele ficasse branco, era para eu levá-lo de volta para o hospital, porque era dengue hemorrágica. Quando deu entrada na UTI, já era tarde", lamenta.

No sábado (13) à noite, Welisson Santana da Silva foi transferido do pronto-socorro para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Regional de Itanhaém, onde veio a falecer no domingo pela manhã.

O pescador Bruno Fernandes da Silva, pai do adolescente, está revoltado com o que aconteceu. "Isso é uma pouca vergonha, não só por causa do meu filho, mas por todo mundo que passa por essa situação. Aqui a gente é lixo. Nós não temos dinheiro para pagar médico particular, por isso procuramos o pronto-socorro, e acontece isso. A gente não é nada", desabafa o pescador.

Em nota, a Prefeitura de Itanhaém afirma que aguarda o resultado da coleta de sangue que foi solicitado junto ao Serviço de Investigação de Óbito (SVO), do Instituto Adolf Lutz, para que seja informada a causa da morte. A Prefeitura informa ainda que, quando o paciente apresentou sintomas graves, foi internado no Pronto Socorro Municipal e encaminhado a Central de Regulação de Vagas para internação hospitalar.

Fonte: Globo.com