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Advogado. Especialista em Direito Médico e Odontológico. Especialista em Direito da Medicina (Coimbra). Mestre em Odontologia Legal. Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar - Escola Paulista de Direito (EPD). Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico, Odontológico e da Saúde (FMRP-USP). Preceptor nos programas de Residência Jurídica em Direito Médico e Odontológico (Responsabilidade civil, Processo ético médico/odontológico e Perícia Cível) - ABRADIMED (Academia Brasileira de Direito Médico). Membro do Comitê de Bioética do HCor. Docente convidado da Especialização em Direito da Medicina do Centro de Direito Biomédico - Universidade de Coimbra. Ex-Presidente das Comissões de Direito Médico e de Direito Odontológico da OAB-Santana/SP. Docente convidado em cursos de Especialização em Odontologia Legal. Docente convidado no curso de Perícias e Assessorias Técnicas em Odontologia (FUNDECTO). Docente convidado do curso de Bioética e Biodireito do HCor. Docente convidado de cursos de Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde. Especialista em Seguro de Responsabilidade Civil Profissional. Diretor da ABRADIMED. Autor da obra: COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Como evitar que os médicos se enganem com exames de raios-X?

Os pesquisadores estimam que um a cada 10.000 exames apresentem erros desse tipo

Qualquer tipo de erro médico, mesmo aqueles que parecem mais simples, pode ocasionar consequências graves para os pacientes. É o caso da troca de exames de raios-X, que pode causar atrasos no diagnóstico ou complicações ainda maiores em caso de exames feitos antes de cirurgias, por exemplo.

Pensando nisso, pesquisadores da Universidade Emory e do Instituto de Tecnologia da Geórgia propõem a colocação de uma foto de rosto do paciente em todos os exames de raios-X, a fim de diminuir as chances dos exames serem trocados antes de passarem pela análise de radiologistas.

Eles realizaram um estudo com 10 radiologistas, no qual cada um deveria interpretar vinte pares de radiografias do tórax, uma anterior e outra mais recente. Dentro de cada conjunto de vinte pares, dois a quatro estavam trocados, ou seja, as duas radiografias eram de pacientes diferentes. Os resultados foram apresentados nesta segunda-feira, no encontro anual da American Roentgen Ray Society (ARRS), primeira sociedade de radiologia criada nos Estados Unidos.

Os resultados fora positivos: sem a adição das fotografias, os radiologistas encontraram os erros em 12,5% dos casos. Já com as imagens, a identificação dos pares incorretos aumentou para 64%.

Os radiologistas que participaram do estudo não sabiam que a fotografia deveria ser utilizada como identificação. Alguns, inclusive, afirmaram ter ignorado as fotos, pois acreditavam que o estudo pretendia avaliar se a imagem os distrairia. “Nós fizemos um segundo estudo com cinco radiologistas, e dissemos a eles para usarem as fotografias. Nesse caso, a taxa de detecção do erro aumentou para 94%”, afirmou Srini Tridandapani, pesquisador da Universidade de Emory e um dos autores do estudo.

Rapidez – Além disso, o tempo de análise e interpretação dos exames diminuiu quando as fotos foram adicionadas às imagens de raios-X. De acordo com Tridandapani, a causa desse fato ainda não é clara, mas é possível que as fotografias tenham fornecido informações clínicas que facilitaram o diagnóstico. As fotos poderiam, por exemplo, ajudar a identificar a presença de tubos no paciente.

“Eu pensei que a gente deveria colocar fotos em todos os exames de imagem depois que recebi uma ligação, e uma foto da pessoa que estava me ligando apareceu no meu telefone”, conta Tridandapani. Ele estima que um a cada 10.000 exames apresentem erros desse tipo.

Os pesquisadores desenvolveram um protótipo no qual uma câmera fotográfica pode ser acoplada ao aparelho de raios-X, para que a foto possa ser tirada junto com a realização do exame, sem a necessidade de uma pessoa a mais para manusear o equipamento.

Fonte: Veja