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Advogado. Especialista em Direito Médico e Odontológico. Especialista em Direito da Medicina (Coimbra). Mestre em Odontologia Legal. Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar - Escola Paulista de Direito (EPD). Coordenador ajunto do Mestrado em Direito Médico e Odontológico da São Leopoldo Mandic. Preceptor nos programas de Residência Jurídica em Direito Médico e Odontológico (Responsabilidade civil, Processo ético médico/odontológico e Perícia Cível) - ABRADIMED (Academia Brasileira de Direito Médico). Membro do Comitê de Bioética do HCor. Docente convidado da Especialização em Direito da Medicina do Centro de Direito Biomédico - Universidade de Coimbra. Ex-Presidente das Comissões de Direito Médico e de Direito Odontológico da OAB-Santana/SP. Docente convidado em cursos de Especialização em Odontologia Legal. Docente convidado no curso de Perícias e Assessorias Técnicas em Odontologia (FUNDECTO). Docente convidado de cursos de Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde. Especialista em Seguro de Responsabilidade Civil Profissional. Diretor da ABRADIMED. Autor da obra: COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA.

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Médico cobra R$ 2 mil para fazer cirurgia pelo SUS e privilegia paciente

O próprio paciente filmou as ações e fez a denúncia ao Ministério Público.
Cirurgião alega que usou o dinheiro para comprar material para a cirurgia.


O Ministério Público do Paraná (MP-PR) denunciou um médico de Apucarana, no norte do estado, por cobrar R$ 2 mil para fazer uma cirurgia de joelho pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em um paciente e o ensinar como "furar" a fila da saúde pública. O próprio paciente, o vigilante Gilberto Marques dos Santos, filmou as ações do ortopedista Hélio Cebrian e o denunciou.

"Já no primeiro dia ele falou que ia operar. Disse: 'Se você não quiser esperar de um ano e dois na fila, a quantia é essa", diz Santos. O vigilante diz ter emprestado cinco cheques para para pagar a cirurgia - em uma das gravações, Cebrian aparece pedindo cheques para o paciente.

Cebrian também ensina o vigilante a simular uma contusão para não enfrentar a fila do SUS. "Você vai chegar lá com duas muletas, sem pisar, simulando que você está com dor, senão não conseguimos fazer isso com urgência", disse o médico.

O vigilante conta que, meses depois da operação, o médico ainda fez um atestado falso para que o paciente tivesse benefícios do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS). "Vou fazer um atestado dos meses lá para trás, de seis meses, que é o máximo de tempo que o INSS afasta alguém", declara Cebrian.

O ortopedista confirma a denúncia e diz que usou o dinheiro para comprar instrumentos cirúrgicos não fornecidos pelo SUS. "A gente compra esse material e, infelizmente, o paciente tem que pagar por isso. Fazemos as coisas na bondade. Errado? Sim, é errado. Mas você faz na boa fé", explicou o médico, em entrevista à RPC TV. O cirurgião vai responder pelos crimes de concussão (exigir dinheiro em razão do cargo em que ocupa) e falsidade ideológica, por ter falsificado o atestado médico.

Fonte: Globo.com