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Advogado. Especialista em Direito Médico e Odontológico. Especialista em Direito da Medicina (Coimbra). Mestre em Odontologia Legal. Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar - Escola Paulista de Direito (EPD). Coordenador ajunto do Mestrado em Direito Médico e Odontológico da São Leopoldo Mandic. Preceptor nos programas de Residência Jurídica em Direito Médico e Odontológico (Responsabilidade civil, Processo ético médico/odontológico e Perícia Cível) - ABRADIMED (Academia Brasileira de Direito Médico). Membro do Comitê de Bioética do HCor. Docente convidado da Especialização em Direito da Medicina do Centro de Direito Biomédico - Universidade de Coimbra. Ex-Presidente das Comissões de Direito Médico e de Direito Odontológico da OAB-Santana/SP. Docente convidado em cursos de Especialização em Odontologia Legal. Docente convidado no curso de Perícias e Assessorias Técnicas em Odontologia (FUNDECTO). Docente convidado de cursos de Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde. Especialista em Seguro de Responsabilidade Civil Profissional. Diretor da ABRADIMED. Autor da obra: COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA.

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Bebê morre após mãe esperar 16 horas em maternidade da Prefeitura do Rio

Menina chegou a sobreviver por quatro dias, mas faleceu devido a complicações no parto

O bebê de Michele Soares da Silva, de 25 anos, morreu após a garçonete aguardar 16 horas sentindo dor para ter o filho na Maternidade Maria Amélia Buarque de Hollanda, no Centro. Michele disse que avisou aos médicos da unidade que não tinha dilatação suficiente para fazer parto normal, já que teve a mesma experiência com o primeiro filho, Ryan. Mesmo assim, o hospital insistiu e tentou fazer o procedimento.

Sem sucesso com o parto normal, os médicos optaram pela cesariana de última hora. O que não deu certo. As 16 horas de sofrimento e a tentativa fracassada do parto normal fizeram com que o coração da criança parasse de bater dentro da barriga. Depois de nascer de cesariana, como era o desejo da família, a menina Isabella sobreviveu por quatro dias, após ser reanimada pelos médicos.

No entanto, a peregrinação do parto comprometeu os sistemas neurológico e respiratório, além das funções renais dela. Com isso, o bebê morreu no dia 26 de setembro. O pai da criança, Leonardo Freitas de Moraes, de 29 anos, acredita que houve negligência do hospital.

- Houve negligência por parte do hospital, porque nenhuma mãe merece passar pelo que minha esposa passou. Minha esposa ficou 16 horas para ter o bebê e não conseguiu. E a gente avisou que a minha esposa não poderia ter o filho por parto normal, porque com o primeiro filho ela também não teve dilatação suficiente. Eles [o hospital] acabaram com o nosso sonho - afirmou o pai do bebê.

Leonardo disse que pretende processar o Hospital Maternidade Maria Amélia Buarque de Hollanda. A unidade informou que Michele deu entrada na unidade no dia 20 de setembro com gestação prolongada (com mais de 40 semanas) e foi internada para acompanhamento.

Segundo o hospital, a garçonete entrou em trabalho de parto no dia 22, com monitoração contínua da mãe e do bebê, e que não apresentava sofrimento. A equipe médica decidiu realizar a cesárea ao constatar a presença de mecônio, que é uma substância encontrada nas primeiras fezes eliminadas pelo recém-nascido. O bebê ficou internado na UTI Neonatal, mas foi a óbito no dia 26.

Segundo a Secretaria municipal de Saúde, todos os óbitos materno-infantis são investigados por comissões, tanto na unidade do ocorrido quanto na secretaria. A unidade informou que está à disposição da família para mais esclarecimentos.

Fonte: Rádio Globo