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Advogado. Especialista em Direito Médico e Odontológico. Especialista em Direito da Medicina (Coimbra). Mestre em Odontologia Legal. Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar - Escola Paulista de Direito (EPD). Coordenador ajunto do Mestrado em Direito Médico e Odontológico da São Leopoldo Mandic. Preceptor nos programas de Residência Jurídica em Direito Médico e Odontológico (Responsabilidade civil, Processo ético médico/odontológico e Perícia Cível) - ABRADIMED (Academia Brasileira de Direito Médico). Membro do Comitê de Bioética do HCor. Docente convidado da Especialização em Direito da Medicina do Centro de Direito Biomédico - Universidade de Coimbra. Ex-Presidente das Comissões de Direito Médico e de Direito Odontológico da OAB-Santana/SP. Docente convidado em cursos de Especialização em Odontologia Legal. Docente convidado no curso de Perícias e Assessorias Técnicas em Odontologia (FUNDECTO). Docente convidado de cursos de Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde. Especialista em Seguro de Responsabilidade Civil Profissional. Diretor da ABRADIMED. Autor da obra: COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA.

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Mulher morre nos braços da filha após ser liberada de hospital em Cubatão

Família acusa hospital de negligência e afirma que vítima não foi atendida.
Prefeitura de Cubatão ainda não se manifestou sobre o assunto.


A família de uma mulher, que morreu no último sábado (26), acusa o Hospital Municipal de Cubatão (SP) de negligência médica. Angelita Aragão Teixeira tinha 42 anos e chegou ao hospital reclamando de dores no peito. Ela foi atendida por um médico que, segundo a família, passou remédios e pediu para que Angelita voltasse para casa. Depois de alguns minutos, ela morreu nos braços da filha.

Ana Dirce Madeira, de 58 anos, conta que a sobrinha passou mal na madrugada de sábado, foi para o hospital e acabou sendo medicada. Poucas horas depois, ela voltou a sentir dores no peito e voltou ao hospital. "Ela ficou das 10h até às 18h e o médico falou que ela já podia ir embora. Ela falava que tinha muita dor, mas ele falou que já tinha feito todos os exames, que tinha que esperar até segunda-feira e não tinha condições de interná-la", conta a tia da mulher.

Angelita voltou para casa com a filha. Depois de alguns minutos, ela desmaiou e o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (SAMU) foi chamado, mas Angelita acabou morrendo. “Quando chegou ao hospital, não tinha médico, não tinha nada. O médico apareceu mas fugiu. Por isso chamamos a polícia. Ele foi embora”, diz. Ana afirma que o médico estava com os exames da paciente e a maioria apresentava resultados alterados.

Para Ana, houve negligência médica já que a paciente precisava ser internada, mas o médico disse que não tinha condições de deixá-la no hospital. “Tinha que ter feito alguma coisa. Se ele não sabia avaliar os exames, tinha que ter chamado outro médico. Como foi a minha família pode ser a de qualquer outro. Eu quero que o mundo saiba que ela foi mal atendida. Foi negligência médica”, afirma.

Outra amiga da família, Nathalie Alcantara também acredita em descaso médico. "Ela morreu nos braços da filha. O médico fugiu e os familiares foram correndo atrás dele, mas ele já estava longe. Isso foi um descaso. Naquele hospital de Cubatão as pessoas passam mal e os médicos não estão nem aí”, dispara.

Em nota, a Prefeitura de Cubatão afirma que a paciente deu entrada no hospital queixando-se de dores abdominais, fato que a levou a ser imediatamente medicada e submetida de exames. A Prefeitura afirma ainda que a própria paciente retirou-se da unidade sem comunicar a junta médica. Cerca de uma hora depois, ela voltou ao local com uma parada cardiorrespiratória e acabou morrendo. A Secretaria de Saúde esclarece, ainda, que foi aberto hoje procedimento administrativo sobre o caso, onde todos os envolvidos serão ouvidos.

Fonte: Globo.com