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Advogado. Especialista em Direito Médico e Odontológico. Especialista em Direito da Medicina (Coimbra). Mestre em Odontologia Legal. Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar - Escola Paulista de Direito (EPD). Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico, Odontológico e da Saúde (FMRP-USP). Preceptor nos programas de Residência Jurídica em Direito Médico e Odontológico (Responsabilidade civil, Processo ético médico/odontológico e Perícia Cível) - ABRADIMED (Academia Brasileira de Direito Médico). Membro do Comitê de Bioética do HCor. Docente convidado da Especialização em Direito da Medicina do Centro de Direito Biomédico - Universidade de Coimbra. Ex-Presidente das Comissões de Direito Médico e de Direito Odontológico da OAB-Santana/SP. Docente convidado em cursos de Especialização em Odontologia Legal. Docente convidado no curso de Perícias e Assessorias Técnicas em Odontologia (FUNDECTO). Docente convidado do curso de Bioética e Biodireito do HCor. Docente convidado de cursos de Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde. Especialista em Seguro de Responsabilidade Civil Profissional. Diretor da ABRADIMED. Autor da obra: COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA.

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Laudo aponta suposta falha médica no Hospital da Providência

Documento foi emitido em investigação do MP sobre morte de estudante

O Ministério Público (MP) apura se um erro médico no Hospital da Providência, causou a morte do jovem Nathan David Daniel, em Apucarana. Um laudo elaborado pelo setor médico do Centro de Apoio Operacional das Promotorias (Caop) da Saúde Pública, concluído neste mês, aponta falhas no atendimento.

Nathan morreu em setembro de 2012, aos 18 anos, após sofrer uma grave lesão na cabeça por complicações de um acidente de skate. Ele foi atendido inicialmente no Hospital da Providência e depois transferido para o Hospital do Coração, em Londrina, devido o agravamento de seu quadro de saúde. A família registrou denúncia no MP alegando negligência.

No laudo, constam todos os procedimentos copilados através dos prontuários médicos solicitados pelo MP. O documento aponta que o atendimento de Nathan não foi realizado de maneira adequada, já que o primeiro exame evidenciava quadro que poderia demandar cuidados cirúrgicos e recursos que o Providência não dispunha. O primeiro exame de tomografia, por exemplo, feito no dia da queda, identificou contusão traumática com hemorragia, além de uma fratura no rosto. No laudo, o médico do Caop considera que o quadro clínico inicial do paciente configurava traumatismo encefálico leve mas com grande risco.

Para os pais de Nathan, o documento corrobora o que o casal presenciou dentro do hospital. A mãe, Maria Aparecida Lima Daniel, conta que o médico que prestou o primeiro atendimento não tinha a devida especialização em neurocirurgia. “O médico o examinou e disse que estava tudo bem e até deu alta. Mas o Nathan continuou se sentindo estranho com uma forte dor na cabeça e permaneceu no hospital”, lembra.

Já o pai do jovem, o policial militar aposentado Eduardo Daniel, afirma que o casal não foi informado sobre a falta de estrutura do hospital para atender este tipo de caso. “O médico não soube nem interpretar o exame e não pediu apoio de nenhum especialista para ajudá-lo. Só nos avisaram que não tinham condições de atender meu filho quando o caso já havia se agravado”, relata.

Agora, o casal vai ingressar com ação criminal contra o médico que prestou o primeiro atendimento. Na época, a morte do jovem causou comoção na cidade. Um movimento foi iniciado pedindo a investigação do caso. “Não consigo dormir sabendo que meu filho morreu por um erro médico”, acrescenta Maria, que agradece os esforços do MP em apurar o caso.

OUTRO LADO
O promotor que investiga o caso disse à reportagem que vai se pronunciar após concluir o inquérito, ainda em andamento, e oferecer a denúncia. Já a assessoria do Hospital da Providência afirmou, por meio de nota, que comentará o caso após analisar o laudo.

Fonte: Cindy Annielli - Tribuna do Norte - Diário do Paraná