Falso médico foi preso em Cachoeiro de Itapemirim no Sul do estado
Após a prisão de um homem que fingia ser médico em Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Espírito Santo, o Conselho Regional de Medicina (CRM-ES) alertou, nesta quinta-feira (10), que o paciente pode se certificar de que o profissional está habilitado para exercer a função por meio do site do órgão e evitar que casos como este se repita.
O homem que se passava por médico no bairro Jardim Itapemirim tem 39 anos e foi preso em flagrante na manhã de segunda-feira (7), no momento em que entregava medicamentos prescritos de forma ilegal a uma paciente. Segundo a polícia, o suspeito usava o carimbo da ex-mulher que é médica. Na maleta do suspeito foram encontrados remédios, receitas, luvas e um aparelho para aferir pressão. Já na casa, a polícia encontrou um consultório montado com materiais hospitalares.
Segundo o corregedor do CRM-ES, Tales Gouveia, a ex-mulher do suspeito também pode sofrer punições. “Poderá haver diversos tipos de penalidades que vão desde uma advertência confidencial à cassação do exercício da profissão”, explicou Tales.
O corregedor alertou que o paciente deve se certificar de que está sendo atendido por um profissional antes da consulta média. “O paciente pode perguntar ao médico ou se inteirar com a secretaria. Ao marcar uma consulta, com um determinado médico, a pessoa deve procurar saber o nome dele, e assim, consultar seu cadastro no site do Conselho Regional ou Federal de Medicina”, alertou.
Polícia
O delegado que investiga o caso, Faustino Antunes, disse que outras vítimas podem procurar a polícia. “A agente pede à população que nos procure para relatar esse golpe que caiu. As vítimas serão ouvidas para que as medidas legais sejam adotadas”, disse Antunes.
Segundo a polícia, o suspeito já havia sido preso pelo mesmo crime há cinco anos. O criminoso foi encaminhado para o Departamento de Polícia Judiciária (DPJ) do município e vai responder por falsificação, alteração de produtos medicinais e exercício ilegal da medicina. A pena para todos os crimes pode chegar a 17 anos de prisão.
Fonte: Gazeta
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- MARCOS COLTRI
- Advogado. Especialista em Direito Médico e Odontológico. Especialista em Direito da Medicina (Coimbra). Mestre em Odontologia Legal. Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar - Escola Paulista de Direito (EPD). Coordenador ajunto do Mestrado em Direito Médico e Odontológico da São Leopoldo Mandic. Preceptor nos programas de Residência Jurídica em Direito Médico e Odontológico (Responsabilidade civil, Processo ético médico/odontológico e Perícia Cível) - ABRADIMED (Academia Brasileira de Direito Médico). Membro do Comitê de Bioética do HCor. Docente convidado da Especialização em Direito da Medicina do Centro de Direito Biomédico - Universidade de Coimbra. Ex-Presidente das Comissões de Direito Médico e de Direito Odontológico da OAB-Santana/SP. Docente convidado em cursos de Especialização em Odontologia Legal. Docente convidado no curso de Perícias e Assessorias Técnicas em Odontologia (FUNDECTO). Docente convidado de cursos de Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde. Especialista em Seguro de Responsabilidade Civil Profissional. Diretor da ABRADIMED. Autor da obra: COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA.