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Advogado. Especialista em Direito Médico e Odontológico. Especialista em Direito da Medicina (Coimbra). Mestre em Odontologia Legal. Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar - Escola Paulista de Direito (EPD). Coordenador ajunto do Mestrado em Direito Médico e Odontológico da São Leopoldo Mandic. Preceptor nos programas de Residência Jurídica em Direito Médico e Odontológico (Responsabilidade civil, Processo ético médico/odontológico e Perícia Cível) - ABRADIMED (Academia Brasileira de Direito Médico). Membro do Comitê de Bioética do HCor. Docente convidado da Especialização em Direito da Medicina do Centro de Direito Biomédico - Universidade de Coimbra. Ex-Presidente das Comissões de Direito Médico e de Direito Odontológico da OAB-Santana/SP. Docente convidado em cursos de Especialização em Odontologia Legal. Docente convidado no curso de Perícias e Assessorias Técnicas em Odontologia (FUNDECTO). Docente convidado de cursos de Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde. Especialista em Seguro de Responsabilidade Civil Profissional. Diretor da ABRADIMED. Autor da obra: COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA.

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Falta de pediatras traz risco de morte para crianças brasileiras

Para Mário Hirschheimer, presidente da Sociedade de Pediatria de São Paulo, carência de especialistas está levando mães aos inadequados prontos-socorros

Restrita às consulta ou plantões, a pediatra brasileira amarga baixas remunerações no sistema público e na rede suplementar, levando jovens médicos a optarem por outras especialidades. Consequência: faltam pediatras em diversas regiões do País, e consultas rotineiras de puericultura são substituídas pelo atendimento nos prontos-socorros.

O alerta feito pela Sociedade de Pediatria de São Paulo diz que, assim, as crianças adoecem e morrem mais. Mário Roberto Hirschheimer, presidente da SPSP, diz que as condições inadequadas de trabalho destes especialistas também contribuem para a fuga de profissionais de atendimento de crianças e adolescentes.

No Estado de São Paulo, segundo ele, a proporção é de 2,7 médicos por mil habitantes, considerada adequada. Entretanto só há 0,7 pediatra para cada mil habitantes entre zero e 20 anos. Portanto, diz, não há pediatras suficientes para atender crianças e adolescentes do estado.

A estatística é ainda mais alarmante quando considerado a queda, entre 1999 e 2013, de 55% dos candidatos ao título de especialista em pediatria, apesar do significativo aumento do número de faculdades de medicina. Há 15 anos, explica Hirschheimer, de 15% a 20% dos formandos procuravam a pediatria como especialidade. Hoje esse número é inferior a 8%.

Segundo Hirschheimer, a maioria dos formandos não tem interesse em abrir um consultório: as operadoras pagam, em média, R$ 66,00 por consulta, enquanto as despesas para manter o consultório chegam a R$ 55 por paciente. O pediatra precisaria assim atender um paciente a cada dez ou quinze minutos.

A exigência de produtividade de quatro atendimentos por hora na rede pública também é um problema para a qualidade do serviço, alerta o especialista. Para muitos dos gestores desses serviços, a expectativa é que cada pediatra atenda de 60 a 72 consultas em doze horas, média longe da ideal de qualidade.

Fonte: SaúdeWeb