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Advogado. Especialista em Direito Médico e Odontológico. Especialista em Direito da Medicina (Coimbra). Mestre em Odontologia Legal. Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar - Escola Paulista de Direito (EPD). Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico, Odontológico e da Saúde (FMRP-USP). Preceptor nos programas de Residência Jurídica em Direito Médico e Odontológico (Responsabilidade civil, Processo ético médico/odontológico e Perícia Cível) - ABRADIMED (Academia Brasileira de Direito Médico). Membro do Comitê de Bioética do HCor. Docente convidado da Especialização em Direito da Medicina do Centro de Direito Biomédico - Universidade de Coimbra. Ex-Presidente das Comissões de Direito Médico e de Direito Odontológico da OAB-Santana/SP. Docente convidado em cursos de Especialização em Odontologia Legal. Docente convidado no curso de Perícias e Assessorias Técnicas em Odontologia (FUNDECTO). Docente convidado do curso de Bioética e Biodireito do HCor. Docente convidado de cursos de Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde. Especialista em Seguro de Responsabilidade Civil Profissional. Diretor da ABRADIMED. Autor da obra: COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA.

terça-feira, 11 de março de 2014

Polícia identifica mais seis vítimas de queimaduras após bronzeamento

Segundo o delegado, número de clientes que se queimaram chega a dez.
Duas mulheres permanecem internadas em Goiânia com lesões graves.


Ao menos seis mulheres procuraram a Polícia Civil de Jataí, no sudoeste de Goiás, na segunda-feira (10), relatando que também foram vítimas de queimaduras após uma sessão de bronzeamento em um salão da cidade. O número total de mulheres que sofreram lesões após o tratamento estético chega a dez.

“Elas [as novas vítimas] buscaram a delegacia após a divulgação de que quatro mulheres tinham sido hospitalizadas com as queimaduras. Essas novas vítimas tiveram ferimentos mais localizados nas costas e nas pernas”, afirma o delegado regional André Fernandes de Almeida.

A Polícia Civil abriu inquérito para investigar o caso e deve intimar, nesta terça-feira (11), a dona do salão. “Hoje vamos atrás da Vigilância Sanitária, conversar com os médicos e a equipe de enfermagem que atenderam as vítimas. Estamos focados neste caso”, afirma André Almeida.

Das mulheres queimads durante o bronzeamento, quatro foram hospitalizadas e duas tiveram alta no domingo (9). Outras duas vítimas continuam internadas em Goiânia.

Uma delas é a estudante de biologia Monalisa Lombardi, de 19 anos. Ela teve 73% do corpo queimado com lesões de 2º grau. A jovem permanece internada na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Pronto Socorro para Queimaduras. Segundo o hospital, ela tem estado grave, porém estável, e deve passar por cirurgia nesta manhã.

Em entrevista ao G1, a mãe contou que Monalisa Lombardi já tinha o costume de fazer as sessões e há dois anos frequentava o salão. Depois de passar pelo bronzeamento, no domingo (2), ela já começou a sentir os sintomas.

“No domingo mesmo, começou a sentir, mas semelhante ao que já sentia outras vezes. Na segunda-feira foi piorando e ela ligou para a mulher [dona do salão], que indicou um creme pra ela passar. Na terça-feira ela já nem conseguia se mexer mais, as bolhas foram vindo à tona”, relata a cobradora Mônica Lombardi.

Outra vítima que teve lesões graves é uma dona de casa de 33 anos. Ela está internada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Residencial Itaipu, onde aguarda vaga no hospital especializado em queimaduras. Segundo a equipe médica da UPA, a paciente está consciente e tem estado regular.

Óleo
Uma das vítimas relatou que, durante o procedimento, foi aplicado um produto que ela desconhecia. “Tem muito tempo que eu bronzeio com ela [com a dona do salão]. A gente foi, como de costume, e ela passou os produtos que costumava passar. Só que aí ela usou um produto novo, um óleo de coco com canela. Aí colocou em uma bombinha com água e toda hora borrifava na gente”, conta uma das vítimas, que não quis se identificar.

A dona do salão não informou qual produto foi usado, entretanto, afirma que usa o mesmo material há dois anos. Ela disse ainda que não sabe o que pode ter provocado as queimaduras.

A Vigilância Sanitária deu prazo até esta terça-feira para que a dona do estabelecimento apresente os produtos usados nas sessões de bronzeamento. Segundo a Vigilância, o local não tem licença para funcionar e, por isso, foi interditado.

"Ele funciona em uma residência, é clandestino. Do ponto de vista higiênico e sanitário, não pode funcionar em residência, tem que ter um local apropriado, adequado, que ofereça as condições ideais para essa atividade", afirma a coordenadora da Vigilância Sanitária de Jataí, Kelle Melo.

Fonte: Globo.com