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Advogado. Especialista em Direito Médico e Odontológico. Especialista em Direito da Medicina (Coimbra). Mestre em Odontologia Legal. Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar - Escola Paulista de Direito (EPD). Coordenador ajunto do Mestrado em Direito Médico e Odontológico da São Leopoldo Mandic. Preceptor nos programas de Residência Jurídica em Direito Médico e Odontológico (Responsabilidade civil, Processo ético médico/odontológico e Perícia Cível) - ABRADIMED (Academia Brasileira de Direito Médico). Membro do Comitê de Bioética do HCor. Docente convidado da Especialização em Direito da Medicina do Centro de Direito Biomédico - Universidade de Coimbra. Ex-Presidente das Comissões de Direito Médico e de Direito Odontológico da OAB-Santana/SP. Docente convidado em cursos de Especialização em Odontologia Legal. Docente convidado no curso de Perícias e Assessorias Técnicas em Odontologia (FUNDECTO). Docente convidado de cursos de Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde. Especialista em Seguro de Responsabilidade Civil Profissional. Diretor da ABRADIMED. Autor da obra: COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA.

segunda-feira, 24 de março de 2014

Hospital volta atrás, resolve fazer parto recusado e menino nasce saudável

Médico interveio, jovem foi internada e o parto ocorreu na noite de domingo.
Hospital em Santos havia se negado a atender jovem em trabalho de parto.


A Casa de Saúde de Santos, no litoral de São Paulo, voltou atrás na decisão e internou a grávida que teve o atendido negado na madrugada deste domingo (23). O médico da família interveio e o hospital aceitou realizar o parto da jovem. Pietro Tripicchio nasceu por volta das 22h30, após a mãe ter ficado quase 24 horas sem atendimento, e passa bem.

Douglas Tripicchio, de 31 anos, e Mariana Tartarini Grigoleto Tripicchio, de 27, voltaram para casa após terem o atendimento negado na Casa de Saúde de Santos, mesmo com a mulher gritando de dor e em trabalho de parto. As atendentes do hospital disseram que tinham uma orientação da direção para não dar entrada a nenhuma paciente. Além disso, os funcionários também disseram para Douglas que o atendimento não estava sendo realizado por falta de vaga na UTI neonatal.

A jovem fisioterapeuta estava com quase nove meses de gestação e sentindo muitas dores e contrações. Por isso, Douglas levou a esposa para a Santa Casa de Santos. “Ficamos lá até às 16h porque era a única opção. Estava super lotado. Havia várias grávidas que bateram em outros locais e não conseguiram atendimento”, relata ele.

Por volta das 18h, o médico de Mariana ligou dizendo que entrou em contato com o hospital e que a jovem seria atendida na Casa de Saúde de Santos. O casal foi para o hospital por volta das 19h. O médico realizou uma avaliação e resolveu fazer uma cesariana. Pietro nasceu por volta das 22h30. “É um menino, perfeito, super saudável. Ela está ótima”, diz Douglas.

Segundo ele, como o pronto atendimento obstétrico continua fechado, todo o corpo médico está disponível e eles estão tendo um atendimento bem melhor. “Está tudo perfeito, está tudo maravilhoso. Ele veio com muita saúde. Agora é só seguir em frente”, afirma o pai do menino.

Apesar deste caso ser resolvido, o pronto atendimento obstétrico da Casa de Saúde de Santos continua fechado. Outras grávidas estão indo até o hospital e voltando para casa sem atendimento. O G1 entrou em contato com a Casa de Saúde de Santos nesta segunda-feira (24), mas, até o fechamento desta reportagem, o hospital não tinha dado um retorno sobre o assunto.

Fechamento Pronto Socorro obstétrico
A Casa de Saúde de Santos, no litoral de São Paulo, anunciou, na última sexta-feira (21), que pretende fechar o pronto socorro obstétrico. A decisão valeria já a partir de maio. Esse é o segundo hospital da cidade a adotar essa medida.

Segundo a Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia do Estado de São Paulo, o PS para gestantes da Casa de Saúde atende 1000 mulheres por mês. Sem esse Pronto Socorro, e com a maternidade da Beneficência Portuguesa que já está fechada, as gestantes que têm plano de saúde podem ter problemas em breve.

A Sogesp quer evitar o fechamento do PS obstétrico da Casa de Saúde e vai fazer uma denúncia no Ministério Público. O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo disse que apoia as orientações do Conselho Federal de Medicina, e as normas e resoluções vigentes no país, e que está acompanhando as negociações. Afirmou ainda que as instituições privadas têm direitos constitucionais de adequar suas diretrizes administrativas.

Na segunda-feira (24) está marcada uma reunião entre o Cremesp e a sociedade de ginecologia e obstetrícia e outra reunião entre o presidente da Unimed e representantes da Casa de Saúde para resolver o problema.

Fonte: Globo.com