Após dias de articulação com executivos de uma empresa farmacêutica, uma família americana conseguiu autorização para testar uma droga experimental e tentar salvar a vida do filho de 7 anos, que está sendo atacado por um adenovírus. Josh Hardy, que também sofre de um câncer raro nos rins, será o primeiro paciente do mundo a usar a substância Brincidofovir como parte de seu tratamento para tratar o "intruso" em seu organismo. As informações são da CNN.
A empresa havia negado o uso da droga pelo garoto, alegando que tempo gasto para ajudá-lo e também a outras vítimas do adenovírus iria diminuir os esforços para levar a substância para o mercado. Após campanhas na internet, a história do americano caiu na mídia e criou comoção internacional, forçando a companhia a mudar de opinião.
Em uma publicação no Facebook, nesta quarta-feira, a mãe do menino, Aimee Hardy, comemorou: “Glória a Deus! Eles estão liberando remédio para Josh”. Já pai dele, Todd Hardy, em entrevista à CNN, afirmou que recebeu uma ligação do próprio presidente da Chimerix, Kenneth Moch, para falar sobre a autorização para o uso da droga e comentou: “Foi maravilhoso!”.
A luta de Josh começou quando ele foi diagnosticado com uma forma rara de câncer nos rins quando ainda era bebê, aos 9 meses. Em fevereiro deste ano, ainda lutando contra a doença, após uma fraca imunológica, ele adquiriu o adenovírus. Ele agora está internado na UTI do Hospital de Pesquisa Infantil St. Jude, em Memphis (EUA).
Em um comunicado, divulgado na última terça-feira, a organização da unidade de saúde informou que espera para receber o Brincidofovir em 48 horas, mas observou que ainda não foi estabelecida a sua segurança e eficácia em crianças. “É importante compreender que esta continua a ser uma situação médica crítica e complexa”, explicou a equipe médica.
A expectativa é de que o remédio possa ajudar Josh. Para isso, não falta apoio de pessoas em todo o mundo, que participam de uma página dedicada a ele no Facebook. Nela, mensagens de apoio são diariamente deixadas para o menino. A partir dela, os pais dele também vão contar como estão os avanços do tratamento.
Fonte: Extra
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- MARCOS COLTRI
- Advogado. Especialista em Direito Médico e Odontológico. Especialista em Direito da Medicina (Coimbra). Mestre em Odontologia Legal. Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar - Escola Paulista de Direito (EPD). Coordenador ajunto do Mestrado em Direito Médico e Odontológico da São Leopoldo Mandic. Preceptor nos programas de Residência Jurídica em Direito Médico e Odontológico (Responsabilidade civil, Processo ético médico/odontológico e Perícia Cível) - ABRADIMED (Academia Brasileira de Direito Médico). Membro do Comitê de Bioética do HCor. Docente convidado da Especialização em Direito da Medicina do Centro de Direito Biomédico - Universidade de Coimbra. Ex-Presidente das Comissões de Direito Médico e de Direito Odontológico da OAB-Santana/SP. Docente convidado em cursos de Especialização em Odontologia Legal. Docente convidado no curso de Perícias e Assessorias Técnicas em Odontologia (FUNDECTO). Docente convidado de cursos de Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde. Especialista em Seguro de Responsabilidade Civil Profissional. Diretor da ABRADIMED. Autor da obra: COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA.