Minha foto
Advogado. Especialista em Direito Médico e Odontológico. Especialista em Direito da Medicina (Coimbra). Mestre em Odontologia Legal. Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar - Escola Paulista de Direito (EPD). Coordenador ajunto do Mestrado em Direito Médico e Odontológico da São Leopoldo Mandic. Preceptor nos programas de Residência Jurídica em Direito Médico e Odontológico (Responsabilidade civil, Processo ético médico/odontológico e Perícia Cível) - ABRADIMED (Academia Brasileira de Direito Médico). Membro do Comitê de Bioética do HCor. Docente convidado da Especialização em Direito da Medicina do Centro de Direito Biomédico - Universidade de Coimbra. Ex-Presidente das Comissões de Direito Médico e de Direito Odontológico da OAB-Santana/SP. Docente convidado em cursos de Especialização em Odontologia Legal. Docente convidado no curso de Perícias e Assessorias Técnicas em Odontologia (FUNDECTO). Docente convidado de cursos de Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde. Especialista em Seguro de Responsabilidade Civil Profissional. Diretor da ABRADIMED. Autor da obra: COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Sete em cada 10 denúncias são contra agentes do SUS

Para conselheiro do CRM, o médico do SUS acaba atendendo apenas em cima da queixa do paciente

Embora não tenha uma estatística precisa, a delegada Paula Bri­sola, do Núcleo de Repressão aos Crimes contra a Saúde, diz que a maioria das vítimas de erros médicos é de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo ela, 70% dos inquéritos envolvem a rede pública. Paula diz que é sabido que muitas vezes as condições de trabalho atrapalham o correto exercício da medicina no SUS, mas o descaso de alguns médicos é injustificável.

A delegada afirma que há médicos que aceleram as consultas pelo SUS. “Às vezes, o médico tem 30 pacientes e atende cada um em cinco minutos”, critica. Segundo ela, o fato aconteceria porque os profissionais preferem correr para fazer atendimento particular em clínicas onde ganham mais dinheiro.

O corregedor do Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM), Alceu Fontana Pacheco Júnior, diz que, em alguns casos, o médico do SUS acaba atendendo apenas em cima da queixa do paciente. “Isso pode gerar o aumento da possibilidade de erro”, diz. Ele acredita que, como há um número grande de pessoas nos pronto-atendimentos das unidades públicas, os médicos se sentem pressionados a atender todos rapidamente. Mas Pacheco diz não proceder a acusação de que os profissionais aceleram o atendimento para atender pacientes particulares ou de convênio. Pacheco argumenta que os médicos têm plantões com horários estabelecidos fechados, o que impossibilita a saída dele. “A obrigação é atender com as melhores condições todos os pacientes.”

Dicas

O advogado Alexandre Martins, que defende vítimas de erros médicos, recomenda aos pacientes que se sentirem lesados por profissionais de saúde a recolher cópia do prontuário médico. “É um raio-x de todo atendimento.” Segundo ele, com as informações do prontuário, médicos-peritos poderão analisar o caso de forma mais detalhada e poderão identificar se houve erro ou não no procedimento. Durante as investigações, a polícia também verifica as informações do prontuário médico. Além de ouvir todos os envolvidos, a delegacia recorre à avaliação de peritos para se chegar a uma conslusão sobre imperícia médica.

Fonte: Gazeta do Povo