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Advogado. Especialista em Direito Médico e Odontológico. Especialista em Direito da Medicina (Coimbra). Mestre em Odontologia Legal. Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar - Escola Paulista de Direito (EPD). Coordenador ajunto do Mestrado em Direito Médico e Odontológico da São Leopoldo Mandic. Preceptor nos programas de Residência Jurídica em Direito Médico e Odontológico (Responsabilidade civil, Processo ético médico/odontológico e Perícia Cível) - ABRADIMED (Academia Brasileira de Direito Médico). Membro do Comitê de Bioética do HCor. Docente convidado da Especialização em Direito da Medicina do Centro de Direito Biomédico - Universidade de Coimbra. Ex-Presidente das Comissões de Direito Médico e de Direito Odontológico da OAB-Santana/SP. Docente convidado em cursos de Especialização em Odontologia Legal. Docente convidado no curso de Perícias e Assessorias Técnicas em Odontologia (FUNDECTO). Docente convidado de cursos de Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde. Especialista em Seguro de Responsabilidade Civil Profissional. Diretor da ABRADIMED. Autor da obra: COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Falta de médicos ameaça atendimento 24h de hospitais móveis em Alagoas

A Secretaria de Saúde de Alagoas montou, na quarta-feira (7), no município de Santana Mundaú, na zona da mata, o primeiro hospital móvel para suprir o atendimento nas cidades atingidas pelas enchentes no Estado. O órgão pretende instalar outras 22 unidades, que contam com estrutura semelhante a estandes – o segundo deve ser montado em Branquinha, no fim de semana. Os dois entram em funcionamento em substituição aos hospitais de campanha cedidos pelo governo do Rio de Janeiro, que devem deixar o Estado até a próxima semana.

Com a primeira estrutura de 88 m² já montada, com dois consultórios, laboratório e até área para atendimento a pacientes graves, a preocupação agora é com a falta de médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem para dar plantões no local.

Em comunicado público nesta quarta-feira, a secretaria fez um apelo para que profissionais se candidatem, de forma voluntária, para atuar nas duas primeiras unidades móveis. Sem eles, o funcionamento 24 horas das unidades, como está previsto, fica ameaçado.

“Apesar dos técnicos da Sesau terem se reunido com representantes da Uncisal [Universidade de Ciências da Saúde de Alagoas], conselhos de Medicina, Psicologia e Enfermagem e Universidade Federal de Alagoas ainda não foi possível cadastrar voluntários suficientes para suprir a demanda necessária”, informou o órgão.

Segundo a secretaria, a convocação é necessária que novos profissionais assumam o atendimento depois da lacuna deixada pela saída dos voluntários vindos do Rio de Janeiro, após duas semanas de atendimentos. Os profissionais que deixam o Estado são especialistas em atendimento a vítimas de catástrofes.

Falta de médicos
Desde o início das enchentes, campanhas para voluntários foram lançadas pelas entidades de classe para que profissionais se candidatassem à vaga. Profissionais do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de outros Estados, do Exército e da ONG Médicos sem Fronteiras estão realizando atendimentos, mas o número ainda é bem abaixo do necessário, especialmente entre os profissionais de medicina.

O Sindicato dos Médicos afirmou que, embora tenha feito apelos e lançado uma campanha, não há médicos disponíveis no Estado para atendimentos voluntários. “Fizemos o apelo, inclusive para um município que queria pagar, mas nenhum médico apareceu. Hoje, por termos o pior salário do Nordeste, os médicos estão deixando Alagoas. Faltam médicos nas urgências e emergência, quanto mais para uma situação como essas. Todos os médicos estão empregados e não têm como se dispor a dar plantões-extra, embora reconheçamos a necessidade da situação”, afirmou o presidente do sindicato, Wellington Galvão.

Segundo ele, a secretaria terá que apelar para médicos de fora para suprir a necessidade dos hospitais móveis, caso deseje o funcionamento 24 horas das unidades. “Quando aparece uma situação de emergência como essa fica claro o nosso déficit por conta da questão salarial. Um levantamento nosso aponta que apenas 10% dos médicos que se formam nas duas faculdades daqui ficam em Alagoas”, assegurou Galvão.

Fonte: UOL