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Advogado. Especialista em Direito Médico e Odontológico. Especialista em Direito da Medicina (Coimbra). Mestre em Odontologia Legal. Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar - Escola Paulista de Direito (EPD). Coordenador ajunto do Mestrado em Direito Médico e Odontológico da São Leopoldo Mandic. Preceptor nos programas de Residência Jurídica em Direito Médico e Odontológico (Responsabilidade civil, Processo ético médico/odontológico e Perícia Cível) - ABRADIMED (Academia Brasileira de Direito Médico). Membro do Comitê de Bioética do HCor. Docente convidado da Especialização em Direito da Medicina do Centro de Direito Biomédico - Universidade de Coimbra. Ex-Presidente das Comissões de Direito Médico e de Direito Odontológico da OAB-Santana/SP. Docente convidado em cursos de Especialização em Odontologia Legal. Docente convidado no curso de Perícias e Assessorias Técnicas em Odontologia (FUNDECTO). Docente convidado de cursos de Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde. Especialista em Seguro de Responsabilidade Civil Profissional. Diretor da ABRADIMED. Autor da obra: COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA.

quinta-feira, 12 de maio de 2016

Impacto da Informação On-line na Saúde das Pessoas

*Por Fabio Costa

O novo perfil de pacientes, cada vez mais independentes e informados, faz com que o médico tenha mais responsabilidade em relação às informações que disponibiliza na internet, que necessitam ser precisas, de qualidade e atualizadas constantemente.

A facilidade proporcionada pela quantidade de informações, no entanto, nem sempre é benéfica. Diversos estudos comprovam o perigo da má utilização dos dados contidos na web: o usuário leigo não sabe direcionar sua pesquisa e filtrar as informações.

Aliás, o acesso esta tão fácil e difundido, que tivemos caso de um falso médico preso no Rio de Janeiro que usava o CRM de um médico com nome similar e outro em Minas que usava o CRM de médico Cubano do programa Mais Médicos. Ambos pesquisavam na internet os possíveis diagnósticos e indicação de tratamentos aos pacientes. O próprio Google oficializou o Dr. Google com o Google Health, numa tentativa de oferecer conteúdo com curadoria, já que o material é feito e revisado por especialistas do Hospital Israelita Albert Einstein aqui no Brasil e com outras importantes instituições pelo mundo.

Mas se é impossível convencer um paciente a NÃO pesquisar na internet, cabe aos profissionais de saúde orientá-lo e ajudá-lo a buscar fontes confiáveis. O bom e velho “se não pode lutar contra, junte-se a eles!

Tudo depende da qualidade da informação médica

A maioria dos pacientes que irão marcar um horário na sua agenda certamente confiam no seu trabalho, certo? Não necessariamente! Com essas buscas na internet as pessoas costumam chegar aos consultórios com “diagnósticos” prontos, indicação de exames, tratamentos e até o tempo de licença “definidos” em sua cabeça, praticamente pedindo apenas uma “segunda opinião” ao profissional médico!

Portanto, produzir um bom conteúdo – seja ele de sua autoria ou selecionado por você, em uma forma de curadoria – gera valor positivo em torno do seu nome. Disponibilizar informações relevantes faz toda a diferença para gerar confiança no médico ou na clínica, e por consequência, faz com que os pacientes escolham você e sua clínica para cuidar de sua saúde.

Por isso, caso ainda não possua, é vital criar um blog/site, estar presente nas redes sociais e começar a escrever conteúdos de qualidade, com o intuito de informar e esclarecer dúvidas dos seus pacientes. De acordo com os questionamentos que surgirem no consultório, tenha um planejamento para que as postagens sejam facilmente atualizadas, proporcionando que mais pessoas as encontrem através de mecanismos de busca. O Google nunca substituirá um médico de verdade, já que a arte da medicina ocorre pela avaliação humana. Entretanto, o potencial da rede mundial de computadores possibilita a disseminação da informação e a assistência a áreas remotas de populações humanas.

Entretanto, para fazer isso de maneira correta é necessário se atentar aos códigos de ética da categoria, mantendo os princípios de transparência, honestidade, qualidade, consentimento livre e esclarecido, privacidade, ética médica, responsabilidade e procedência.

Cada dia é mais importante o papel da internet na informação do paciente.

Em primeiro lugar, é fundamental lembrar que o paciente informado é aquele que tem conhecimentos básicos sobre saúde e medicina. O paciente esclarecido pode colaborar de forma valiosa para melhores diagnósticos e tratamentos mais efetivos. Mas é preciso que o paciente seja corretamente instruído. Um dos melhores exemplos é o Google Health, uma série de quadros informativos de alta qualidade a respeito de centenas das doenças mais buscadas pelos usuários, com informações validadas pela equipe Médica do Hospital Israelita Albert Einstein.

Por que o paciente bem informado pode colaborar com o médico?

A internet pode orientar noções básicas sobre higiene, alimentação, origem e evolução das doenças, medicina preventiva, tecnologia para diagnósticos, como tomografia computadorizada, ressonância magnética, ultrassonografia e outros temas. Estar corretamente informado, portanto, é algo muito positivo, um avanço, para o paciente, para o médico e para a própria medicina.

Hoje, o profissional de saúde pode utilizar a rede virtual a seu favor, como mais uma ferramenta de construção da sua reputação e aquisição de pacientes, além, é claro, de gerar grandes benefícios para a sociedade como um todo.

Fonte: SaúdeBusiness