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Advogado. Especialista em Direito Médico e Odontológico. Especialista em Direito da Medicina (Coimbra). Mestre em Odontologia Legal. Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar - Escola Paulista de Direito (EPD). Coordenador ajunto do Mestrado em Direito Médico e Odontológico da São Leopoldo Mandic. Preceptor nos programas de Residência Jurídica em Direito Médico e Odontológico (Responsabilidade civil, Processo ético médico/odontológico e Perícia Cível) - ABRADIMED (Academia Brasileira de Direito Médico). Membro do Comitê de Bioética do HCor. Docente convidado da Especialização em Direito da Medicina do Centro de Direito Biomédico - Universidade de Coimbra. Ex-Presidente das Comissões de Direito Médico e de Direito Odontológico da OAB-Santana/SP. Docente convidado em cursos de Especialização em Odontologia Legal. Docente convidado no curso de Perícias e Assessorias Técnicas em Odontologia (FUNDECTO). Docente convidado de cursos de Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde. Especialista em Seguro de Responsabilidade Civil Profissional. Diretor da ABRADIMED. Autor da obra: COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Retrospectiva 2012: erros causaram mortes e sequelas em hospitais

Café com leite na veia e ácido no lugar de sedativo causaram mortes e sequelas em hospitais

O país ficou chocado com dois casos, noticiados este ano, de idosas internadas que morreram após receberem café com leite na veia no lugar de soro. Erros da mesma natureza causaram sequelas em crianças que deveriam receber um sedativo líquido para a realização de exames, mas acabaram ingerindo ácido.

Infelizmente, erros desse tipo se repetem todos os anos. Em 2010, por exemplo, ganhou destaque o caso da menina Stephanie, de 12 anos, que recebeu vaselina na veia em vez de soro e acabou morrendo.

Segundo o farmacêutico Mario Borges Rosa, autor de livros e artigos sobre erros de medicação, o problema também não é exclusivo do Brasil. ``Acontece no mundo todo``, garante.

``Um estudo realizado nos EUA mostra que cada paciente internado em hospital está sujeito a um erro de medicação por dia``, informa. Ao todo, as instituições norte-americanas registram no mínimo 400 mil eventos adversos relacionados a medicamentos, que poderiam ser evitados.

Os casos que marcaram o ano foram atribuídos a profissionais de enfermagem - e representantes da categoria se defenderam com argumentos sobre as péssimas condições de trabalho às quais são submetidos. Mas erros de medicação podem ser provocados por médicos e farmacêuticos também.

Rosa ressalta que todo ser humano erra. E a punição dos profissionais envolvidos, embora necessária, não resolve o problema. ``Você tira o fator humano e o erro ocorre novamente``, comenta. O que precisam ser revistos, segundo ele, são os processos das instituições de saúde.

Ele cita medidas como treinamento constante, iluminação adequada e revisão das condições de trabalho - frequentemente os profissionais assistem muito mais pacientes do que deveriam. Mas também é preciso diferenciar rótulos e embalagens dos produtos usados nos hospitais, já que muitos deles são idênticos.

``Trocar a nutrição enteral por medicamento é algo que ocorre sempre. Qual a saída? Fazer com que as conexões não se encaixem``, sugere. ``É preciso criar barreiras, pois o ser humano não consegue manter 100% de atenção o tempo todo.``

Fonte: UOL