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Advogado. Especialista em Direito Médico e Odontológico. Especialista em Direito da Medicina (Coimbra). Mestre em Odontologia Legal. Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar - Escola Paulista de Direito (EPD). Coordenador ajunto do Mestrado em Direito Médico e Odontológico da São Leopoldo Mandic. Preceptor nos programas de Residência Jurídica em Direito Médico e Odontológico (Responsabilidade civil, Processo ético médico/odontológico e Perícia Cível) - ABRADIMED (Academia Brasileira de Direito Médico). Membro do Comitê de Bioética do HCor. Docente convidado da Especialização em Direito da Medicina do Centro de Direito Biomédico - Universidade de Coimbra. Ex-Presidente das Comissões de Direito Médico e de Direito Odontológico da OAB-Santana/SP. Docente convidado em cursos de Especialização em Odontologia Legal. Docente convidado no curso de Perícias e Assessorias Técnicas em Odontologia (FUNDECTO). Docente convidado de cursos de Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde. Especialista em Seguro de Responsabilidade Civil Profissional. Diretor da ABRADIMED. Autor da obra: COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Cirurgião reclama de falta de fio para fechar paciente

Governo do Rio Grande do Norte lançou uma nota informando que ``a falta de insumos para o hospital foi pontual``

O colapso na área de saúde no Rio Grande do Norte fez com que o cirurgião Jeancarlo Cavalcanti gravasse um vídeo para mostrar que não tinha fio adequado (de aço) para pontear uma cirurgia torácica de um paciente que havia sido ferido a faca. No vídeo, que circula na internet, o médico, que é presidente do Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Norte (CRM-RN), diz que teve de fechar a cirurgia, realizada há 15 dias no maior hospital público de Natal, o Walfredo Gurgel, com um fio de nylon.

``Postei esse vídeo para realmente chocar e mostrar o quanto nossos governantes deixam de lado a saúde``, disse Cavalcanti. No vídeo, o médico diz: ``Fio de aço? Como é que eu vou fechar aqui, ó? O tórax está aberto aqui, ó, tenho de fechar isso aqui com fio de aço. Eu não tenho fio de aço para fechar isso aqui. Como é que eu vou fechar esse paciente? Não tem como eu fechar. No Walfredo Gurgel não tem fio de aço. O paciente está aberto e eu não tenho como fechar. De quem é a culpa disso? Fio de aço custa muito pouco.``

O paciente sobreviveu à cirurgia e passa bem, embora ainda esteja com os fios de nylon, que só devem ser retirados um mês após a operação.

Em resposta à denúncia do presidente do CRM-RN, o governo do Rio Grande do Norte lançou uma nota informando que ``a falta de insumos para o hospital foi pontual`` e que o ``problema já foi resolvido``.

Sobre o caos no sistema de saúde no Estado, onde os médicos estão em greve há mais de oito meses, o governo revelou que ``enviará para a Assembleia Legislativa projeto de lei com proposta de aumento de 12% aos médicos servidores estaduais, tão logo se inicie o ano legislativo``. Segundo o governo, esse reajuste será dado em duas parcelas, com o primeiro aumento de 6% no próximo mês e o segundo em fevereiro de 2014.

A nota também cita medidas para ``melhorar a gestão pública da saúde``, entre elas ``a exigência de cumprimento das escalas médicas e a adoção do ponto eletrônico``. / LAURIBERTO BRAGA, ESPECIAL PARA ESTADO

Fonte: O Estado de S.Paulo