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Advogado. Especialista em Direito Médico e Odontológico. Especialista em Direito da Medicina (Coimbra). Mestre em Odontologia Legal. Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar - Escola Paulista de Direito (EPD). Coordenador ajunto do Mestrado em Direito Médico e Odontológico da São Leopoldo Mandic. Preceptor nos programas de Residência Jurídica em Direito Médico e Odontológico (Responsabilidade civil, Processo ético médico/odontológico e Perícia Cível) - ABRADIMED (Academia Brasileira de Direito Médico). Membro do Comitê de Bioética do HCor. Docente convidado da Especialização em Direito da Medicina do Centro de Direito Biomédico - Universidade de Coimbra. Ex-Presidente das Comissões de Direito Médico e de Direito Odontológico da OAB-Santana/SP. Docente convidado em cursos de Especialização em Odontologia Legal. Docente convidado no curso de Perícias e Assessorias Técnicas em Odontologia (FUNDECTO). Docente convidado de cursos de Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde. Especialista em Seguro de Responsabilidade Civil Profissional. Diretor da ABRADIMED. Autor da obra: COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Criança morre à espera de uma UTI infantil no litoral norte de SP

Caraguatatuba não tem UTI pediátrica.
Problema vem se repetindo na região.


Um bebê de apenas 9 meses morreu em Caraguatatuba, no litoral norte de São Paulo, depois de esperar durante horas por uma vaga em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica em algum hospital da região. O caso não é isolado e vem se repetindo. "Só a gente que perdeu sabe qual é a dor", disse o pai da menina.

O bebê tinha alergia à lactose e precisou duas vezes ser internado em uma UTI para crianças. Na primeira vez, a criança foi atendida no Hospital Stella Maris, conhecido como Santa Casa de Caraguatatuba. Mas como em todo o litoral norte não há nem uma UTI pediátrica sequer, a menina precisou ser transferida para Jacareí, no Vale do Paraíba.

Há duas semanas, a criança teve uma crise respiratória. Foi novamente atendida no Stella Maris e ficou mais de seis horas aguardando vaga na UTI pediátrica do hospital de Taubaté, também no Vale do Paraíba. A criança não resistiu.

"Eles não tinham nem aparelho para medir pressão, menos ainda de batimentos cardíacos. Tentaram vaga em Taubaté, conseguiram quando já era meia noite e meia. Quando chegou a UTI móvel, a criança não resistiu e faleceu", relatou a mãe da criança.

Procurado pela reportagem, o secretário de Saúde de Caraguatatuba não deu um retorno. A informação é que ele passou o dia reunido com a direção do hospital Stella Maris para tratar, entre outras coisas, da falta de uma UTI pediátrica.

O Hospital Stella Maris respondeu que segue o padrão SUS, que é oferecer o primeiro atendimento e pedir ao estado uma vaga em uma UTI para transferir a criança. Os pais da menina acreditam que se o litoral norte tivesse uma UTI pediátrica a história poderia ter sido diferente.

"Poderíamos ter aliviado a dor ou mesmo ela ter sobrevivido. Pela aparelhagem que não tinha, pelo sofrimento que ela passou", afirmou a mãe.

Secretaria Estadual
Para a Secretaria Estadual de Saúde, não faltam leitos para os pacientes do litoral norte, que devem ser atendidos pelos hospitais da região de Taubaté. A pasta diz ainda que não há demanda suficiente para a construção de uma UTI neonatal no litoral norte e, por isso, os pacientes devem ser encaminhados para outras cidades do Vale do Paraíba.

Fonte: Globo.com