Cabeça da criança foi arrancada durante o parto.
Hospital de Itanhaém explica que bebê estava morto há quatro dias.
A Polícia Civil em Itanhaém, no litoral de São Paulo, está investigando a morte de uma criança que, durante o parto, no último sábado (23), teve a cabeça arrancada enquanto a cesárea era realizada. A família acusa o Hospital Regional de Itanhaém de negligência médica. Já os administradores do local se defendem afirmando que a criança já estava em estado de decomposição por estar morta há alguns dias.
Dilma de Camargo Santos, de 31 anos, estava grávida de nove meses, mas quando o parto foi realizado, a criança já estava morta. A mãe havia estado na unidade nos quatro dias anteriores, mas foi mandada de volta para casa sob a alegação de que não estava na hora da criança nascer.
A retirada do bebê começou às 23h do último sábado (23) e só terminou na madrugada de domingo (24). Segundo o relatório médico, o bebê estava morto há quatro dias. O relatório aponta ainda que a criança estava em estado de decomposição e que a cabeça foi separada do corpo durante a cesária. De acordo com o hospital, o procedimento de retirada não foi feito antes porque havia o risco de infecção.
Dilma já havia completado os nove meses da gestação, que foi planejada por ela e pelo marido. Leonardo, como seria chamado o menino, seria o primeiro filho do casal, que está junto há cinco anos. O quarto do bebê já estava montado.
O caso está sendo investigado pelo 1° Distrito Policial de Itanhaém. O casal já foi ouvido pelo delegado responsável pelo caso, que agora deve convocar todos os profissionais envolvidos no atendimento. Dois crimes serão considerados: o de negligência médica e o de vilipêndio, quando há crime contra o cadáver, por conta do que aconteceu com a cabeça do bebê.
Fonte: Globo.com
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- MARCOS COLTRI
- Advogado. Especialista em Direito Médico e Odontológico. Especialista em Direito da Medicina (Coimbra). Mestre em Odontologia Legal. Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar - Escola Paulista de Direito (EPD). Coordenador ajunto do Mestrado em Direito Médico e Odontológico da São Leopoldo Mandic. Preceptor nos programas de Residência Jurídica em Direito Médico e Odontológico (Responsabilidade civil, Processo ético médico/odontológico e Perícia Cível) - ABRADIMED (Academia Brasileira de Direito Médico). Membro do Comitê de Bioética do HCor. Docente convidado da Especialização em Direito da Medicina do Centro de Direito Biomédico - Universidade de Coimbra. Ex-Presidente das Comissões de Direito Médico e de Direito Odontológico da OAB-Santana/SP. Docente convidado em cursos de Especialização em Odontologia Legal. Docente convidado no curso de Perícias e Assessorias Técnicas em Odontologia (FUNDECTO). Docente convidado de cursos de Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde. Especialista em Seguro de Responsabilidade Civil Profissional. Diretor da ABRADIMED. Autor da obra: COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA.