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Advogado. Especialista em Direito Médico e Odontológico. Especialista em Direito da Medicina (Coimbra). Mestre em Odontologia Legal. Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar - Escola Paulista de Direito (EPD). Coordenador ajunto do Mestrado em Direito Médico e Odontológico da São Leopoldo Mandic. Preceptor nos programas de Residência Jurídica em Direito Médico e Odontológico (Responsabilidade civil, Processo ético médico/odontológico e Perícia Cível) - ABRADIMED (Academia Brasileira de Direito Médico). Membro do Comitê de Bioética do HCor. Docente convidado da Especialização em Direito da Medicina do Centro de Direito Biomédico - Universidade de Coimbra. Ex-Presidente das Comissões de Direito Médico e de Direito Odontológico da OAB-Santana/SP. Docente convidado em cursos de Especialização em Odontologia Legal. Docente convidado no curso de Perícias e Assessorias Técnicas em Odontologia (FUNDECTO). Docente convidado de cursos de Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde. Especialista em Seguro de Responsabilidade Civil Profissional. Diretor da ABRADIMED. Autor da obra: COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Médicos fazem amputações sem anestesia na Coreia do Norte

O sistema de saúde do país comunista se deteriorou com as dificuldades econômicas do país

O sistema de saúde norte-coreano está em ruínas, com médicos realizando amputações sem anestesia e hospitais a base de luz de velas, informou nesta quinta-feira (15) um relatório elaborado pela Anistia Internacional apresentado em Seul, na Coreia do Sul.

“Durante as cirurgias, se tiverem sorte, os pacientes recebem anestesia, mas às vezes a quantidade não é suficiente para controlar a dor”, apontou o documento. “Sem os medicamentos essenciais, as unidades de saúde da Coreia do Norte claramente não podem prestar serviços como cirurgias sem por em risco a vida dos pacientes”.

Segundo a organização, o sistema de saúde do país comunista se deteriorou com as dificuldades econômicas do país. Muitos cidadãos norte-coreanos enfrentam problemas de saúde relacionados à má nutrição crônica, além de tuberculose e anemia, informou a Anistia Internacional.

“O povo da Coreia do Norte sofre privação do direito aos cuidados de saúde adequados. Isso se deve, em grande parte, às políticas governamentais”, apontou o relatório.

O relatório foi baseado em entrevitas feitas com mais de 40 norte-coreanos que desertaram principalmente para a Coreia do Sul, além de organizações e profissionais de saúde que trabalham no país.

Um jovem norte-coreano, de 24 anos, afirmou que um médico amputou parte de sua perna esquerda sem anestesia depois que ele caiu de um dos vagões de um trem. “Cinco médicos assistentes seguraram meus braços e pernas. Estava com tanta dor que desmaiei”, contou o jovem identificado apenas como Hwang.

Segundo o relatório, os médicos trabalham sob baixa remuneração e têm poucos medicamentos para utilizar.

A Coreia do Norte oferece assistência médica gratuita a todos os seus cidadãos, mas, de acordo com a Anistia Internacional, muitos pagam propina para receber cuidados médicos.

O governo norte-coreano, geralmente sensível às críticas sobre a condição política e de direitos humanos do país, ainda não se manifestou sobre o documento elaborado pela Anistia Internacional.

No relatório, a organização recomendou que países como a Coreia do Sul, Estados Unidos, China, Japão e Rússia garantam a chegada de ajuda humanitária na Coreia do Norte, baseando a ação nas necessidades da população e não na condição política do país.

Fonte: UOL / Com informações de agências internacionais