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Advogado. Especialista em Direito Médico e Odontológico. Especialista em Direito da Medicina (Coimbra). Mestre em Odontologia Legal. Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar - Escola Paulista de Direito (EPD). Coordenador ajunto do Mestrado em Direito Médico e Odontológico da São Leopoldo Mandic. Preceptor nos programas de Residência Jurídica em Direito Médico e Odontológico (Responsabilidade civil, Processo ético médico/odontológico e Perícia Cível) - ABRADIMED (Academia Brasileira de Direito Médico). Membro do Comitê de Bioética do HCor. Docente convidado da Especialização em Direito da Medicina do Centro de Direito Biomédico - Universidade de Coimbra. Ex-Presidente das Comissões de Direito Médico e de Direito Odontológico da OAB-Santana/SP. Docente convidado em cursos de Especialização em Odontologia Legal. Docente convidado no curso de Perícias e Assessorias Técnicas em Odontologia (FUNDECTO). Docente convidado de cursos de Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde. Especialista em Seguro de Responsabilidade Civil Profissional. Diretor da ABRADIMED. Autor da obra: COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Vistoria atesta irregularidades no Hospital de Emergências de Macapá

Pacientes nos corredores e falta de profissionais de saúde foram registrados.
Direção do HE diz que novos médicos e enfermeiros serão chamados.


Entidades de saúde do Amapá realizaram nesta quarta-feira (11) uma vistoria Hospital de Emergências (HE) de Macapá, com o objetivo de atestar as reais condições de tratamento dos pacientes e de trabalho dos profissionais. As imagens registradas pela vistoria e repassadas à imprensa, constataram a lotação nos corredores, falta de equipamentos e descaso com a limpeza.

As irregularidades poderão resultar em abertura de ação no Ministério Público, declarou Maria Leia Nunes, presidente do Sindicato de Enfermagem e Trabalhadores da Saúde do Amapá (Sindsaúde).

"Não é a primeira vez que fazemos esse relatório, a cada dia que passa é maior a demanda no HE. Mesmo com a contratação de profissionais, a estrutura continua a mesma, com pessoas recebendo atendimentos como suturas e curativos no corretor", relatou Maria, que esteve acompanhada de membros do Conselho Regional de Enfermagem (Coren) e da Comissão de Direitos Humanos da OAB Amapá.

Nas imagens é possível ver um paciente realizando curativo em uma maca colocada no corredor do hospital. De acordo com a presidente, este paciente corre risco de infecção, assim como, em outras macas que estavam localizadas próximas a rampa de acesso às enfermarias. Também foram flagradas as condições de limpeza que se encontravam os banheiros, com lixo no chão e paredes sujas.

Segundo Débora Araújo, conselheira do Coren Amapá, os profissionais de enfermagem também estão propensos a adquirir doenças em função da situação de conservação do local, onde pelo déficit de trabalhadores, os profissionais acabam atendendo um número maior de pacientes.

"A vistoria acompanha a sobrecarga de trabalho. Nem com o último concurso realizado pelo governo estadual para suprir essas vagas, ainda não é suficiente. Com os atendimentos constantes, um profissional que deveria atender cerca de 6 pacientes, tem um total de 10 até 12 enfermos. Isso pode contribuir para um desgaste que pode provocar erros médicos", ressaltou Débora.

Em resposta, o diretor do HE Regiclaudio Silva confirmou para os próximos dias, o ingresso de mais 130 profissionais como médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem, oriundos de chamada do concurso público realizado para a saúde em 2012.

Quanto à lotação, Silva destacou que o HE faz atendimentos que deveriam ser feitos nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). "Temos uma demanda crescente, não podemos selecionar atendimentos e o quantitativo de médicos e enfermeiros é baixo, mas com essa nova chamada de concursados vamos poder reduzir essa espera", pretende Silva, que classificou a vistoria como uma forma de avaliação.

Mutirão de cirurgias
Outro manifesto realizado na terça-feira (10) cobrava da direção do HE o andamento nas cirurgias ortopédicas, das quais alguns pacientes esperam há mais de 50 dias. Foram fixados cartazes em frente ao prédio com nomes de pessoas que estão na fila de espera, ao todo com 63 pacientes aguardando.

Para reduzir esse número, a Secretaria de Saúde (Sesa), implantará mais uma etapa do mutirão de cirurgias ortopédicas, oferecendo os procedimentos nos 3 turnos. Aumentando de 40 para 60 cirurgias semanais, em média.

Fonte: Globo.com