Marido alega que não havia nenhum médico na unidade de saúde.
Em vários postos, não há médicos e pacientes vão para o HGE.
Uma mulher morreu em uma unidade de saúde no bairro do Tabuleiro do Martins, em Maceió. Antes de ir ao Hospital IB Gatto Falcão, Edlene da Conceição Silva, 37 anos, procurou atendimento em um mini pronto socorro, mas, segundo o marido dela, no local não havia nenhum médico.
Josenildo da Silva conta que a mulher estava se queixando de muita dor no peito. “Esperei por vinte minutos, mas como ninguém fez nada, tive que levá-la para outro lugar”, revelou o marido
Apenas uma ambulância estava estacionada na porta do ambulatório Assis Chateubriand, no Tabuleiro. O segurança que estava na porta da unidade explicou que não há médicos no local, apenas enfermeiros e plantonistas. A aposentada Maria Imaculada da Silva conta que procurou o Ambulatório mas não conseguiu atendimento. “Eu acho isso uma vergonha, ficamos prejudicados com essa história de greve”, reclamou.
Em outro ambulatório, o Denilma Bulhões, no bairro do Benedito Bentes, a situação é a mesma. O aviso de greve estava na porta. Alguns funcionários até aparecem pra trabalhar, mas não há médico. No mini pronto socorro Dom Miguel Fenelon Câmara, no bairro Chã da Jaqueira, havia um médico plantonista extra. A assistente social confirmou que 100% do quadro do ambulatório está parado. No ambulatório 24 horas João Fireman, no Jacintinho, o vigia informou que apenas um pediatra plantonista extra deu expediente. “Todos os pacientes que chegam mandamos para o HGE”, diz.
Por causa da greve dos médicos, o movimento no Hospital Geral do Estado (HGE) é grande. Muitas pessoas que vieram do interior e de ambulatórios sem médicos da capital esperavam atendimento na parte de dentro e até mesmo fora da unidade.
O presidente do Sindicato dos Médicos de Alagoas, Wellington Galvão, explica que nos ambulatórios não tem serviço de urgência e emergência. “Por ser um ambulatório, não foi priorizado na greve. Mesmo que tivesse algum médico no local, não há estrutura para esse tipo de serviço. No quadro de emergência que se encontrava essa senhora, não iria resolver a questão dela”, informou.
A assessoria da Secretaria Estadual de Saúde informou que contratou médicos em caráter emergencial para suprir a carência apenas nas unidades de urgência e emergência, já que faltam médicos em Alagoas. Sobre as reivindicações dos médicos em greve, a assessoria informou que o governo não tem como atender ao pedido de reajuste salarial, pois iria ferir a lei de responsabilidade fiscal.
A assessoria do Ministério Público Estadual (MPE) disse que vai investigar quais os médicos que não estão cumprindo a escala nas unidades de saúde. Se for comprovada omissão de socorro, o MP vai mover uma ação civil pública e penal contra o sindicato e os gestores das unidades de saúde do estado.
Fonte: Globo.com
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- MARCOS COLTRI
- Advogado. Especialista em Direito Médico e Odontológico. Especialista em Direito da Medicina (Coimbra). Mestre em Odontologia Legal. Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar - Escola Paulista de Direito (EPD). Coordenador ajunto do Mestrado em Direito Médico e Odontológico da São Leopoldo Mandic. Preceptor nos programas de Residência Jurídica em Direito Médico e Odontológico (Responsabilidade civil, Processo ético médico/odontológico e Perícia Cível) - ABRADIMED (Academia Brasileira de Direito Médico). Membro do Comitê de Bioética do HCor. Docente convidado da Especialização em Direito da Medicina do Centro de Direito Biomédico - Universidade de Coimbra. Ex-Presidente das Comissões de Direito Médico e de Direito Odontológico da OAB-Santana/SP. Docente convidado em cursos de Especialização em Odontologia Legal. Docente convidado no curso de Perícias e Assessorias Técnicas em Odontologia (FUNDECTO). Docente convidado de cursos de Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde. Especialista em Seguro de Responsabilidade Civil Profissional. Diretor da ABRADIMED. Autor da obra: COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA.