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Advogado. Especialista em Direito Médico e Odontológico. Especialista em Direito da Medicina (Coimbra). Mestre em Odontologia Legal. Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar - Escola Paulista de Direito (EPD). Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico, Odontológico e da Saúde (FMRP-USP). Preceptor nos programas de Residência Jurídica em Direito Médico e Odontológico (Responsabilidade civil, Processo ético médico/odontológico e Perícia Cível) - ABRADIMED (Academia Brasileira de Direito Médico). Membro do Comitê de Bioética do HCor. Docente convidado da Especialização em Direito da Medicina do Centro de Direito Biomédico - Universidade de Coimbra. Ex-Presidente das Comissões de Direito Médico e de Direito Odontológico da OAB-Santana/SP. Docente convidado em cursos de Especialização em Odontologia Legal. Docente convidado no curso de Perícias e Assessorias Técnicas em Odontologia (FUNDECTO). Docente convidado do curso de Bioética e Biodireito do HCor. Docente convidado de cursos de Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde. Especialista em Seguro de Responsabilidade Civil Profissional. Diretor da ABRADIMED. Autor da obra: COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Sanção barra a importação de isótopos por hospitais

Aumento de entraves em 2007 levou a crise de abastecimento no ano passado

Diagnosticada com câncer, Sahar, 12, está deitada numa plataforma de metal enquanto um aparelho de scanner passa vagarosamente sobre seu corpo esquálido.

Na sala ao lado, imagens do exame se delineiam na tela do computador. Mostram um nódulo escuro no tórax.

A projeção detalhada do tumor só é possível porque Sahar tomou na véspera uma injeção de gálio radioativo, um isótopo produzido pelo reator nuclear de Teerã.

``Um scanner normal não teria permitido um bom diagnóstico``, diz um oncologista na seção de medicina nuclear do Hospital Shariati.

Seja para diagnóstico, seja para tratamento, 1 milhão de pessoas são atendidas a cada ano nos 120 centros de medicina nuclear. A maior parte dos custos é subsidiada pelo Estado. O Irã usa medicina atômica desde os anos 1960, mas o acirramento das sanções a partir de 2007 quase paralisou o atendimento.

Apesar de repetidos apelos à ONU, o regime não obteve acordo para repor o estoque de urânio purificado que alimenta o reator de Teerã. Uma das tentativas foi mediada por Brasil e Turquia, em 2010. As sanções impedem o Irã de importar isótopos.

Enquanto espera autossuficiência no enriquecimento de urânio, o país raciona o uso do reator para continuar produzindo radiofármacos.

Um funcionário do regime admite que os pacientes também são tratados com isótopos comprados clandestinamente no exterior. Em 2011, um pico de demanda nos hospitais causou a primeira crise de desabastecimento.

``Os países ocidentais se dizem amigos do povo iraniano, mas impedem o acesso a materiais indispensáveis nos hospitais``, diz Mohsen Saghari, presidente da Sociedade Iraniana de Medicina Nuclear.
(SAMY ADGHIRNI)

Fonte: Folha de S.Paulo