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Advogado. Especialista em Direito Médico e Odontológico. Especialista em Direito da Medicina (Coimbra). Mestre em Odontologia Legal. Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar - Escola Paulista de Direito (EPD). Coordenador ajunto do Mestrado em Direito Médico e Odontológico da São Leopoldo Mandic. Preceptor nos programas de Residência Jurídica em Direito Médico e Odontológico (Responsabilidade civil, Processo ético médico/odontológico e Perícia Cível) - ABRADIMED (Academia Brasileira de Direito Médico). Membro do Comitê de Bioética do HCor. Docente convidado da Especialização em Direito da Medicina do Centro de Direito Biomédico - Universidade de Coimbra. Ex-Presidente das Comissões de Direito Médico e de Direito Odontológico da OAB-Santana/SP. Docente convidado em cursos de Especialização em Odontologia Legal. Docente convidado no curso de Perícias e Assessorias Técnicas em Odontologia (FUNDECTO). Docente convidado de cursos de Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde. Especialista em Seguro de Responsabilidade Civil Profissional. Diretor da ABRADIMED. Autor da obra: COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA.

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Mãe aos 62, espanhola diz que 'a natureza dá os limites, não os ginecologistas'

Uma médica espanhola conseguiu dar à luz uma menina saudável aos 62 anos de idade. Lina Álvarez se submeteu a um tratamento de fertilização in vitro e sua filha, também chamada Lina, nasceu em 10 de outubro pesando 2,4 quilos.

A criança veio ao mundo por uma cesárea e as duas foram liberadas do hospital na cidade de Lugo, na região da Galícia, uma semana depois do parto.

Álvarez afirmou que mulheres mais velhas e saudáveis não deveriam ter medo de ter um filho caso queiram.

“A natureza é muito sábia e impôs os limites, não foram os ginecologistas. Foi uma gravidez normal, que progrediu naturalmente”, contou.

“Mostrei que você pode ter um filho nessa idade, se você for saudável. Muitas querem ter um filho, mas, com a falta de informação, abandonam a ideia.”

“Encorajo todas elas. Mando uma mensagem de esperança para que elas sigam seus sonhos, é um sonho muito grande”, acrescentou.

Outros filhos e críticas
Lina é a terceira filha da médica espanhola. Álvarez tem um filho de 27 anos que sofre de paralisia cerebral e um mais novo, de dez anos, que também nasceu graças a uma fertilização in vitro.

Mas Álvarez também foi alvo de críticas por querer ter outro filho aos 62 anos. Ela contou ao jornal "La Voz de Galicia" que não leu as críticas, mas que respeita a opinião dos outros, apesar de pensar diferente.

“Alguns de meus colegas foram os primeiros a fazer acusações. É fácil falar da vida dos outros, criticar; é fácil também falar das pessoas sem saber suas circunstâncias. (...) É fácil falar sem saber, falar pelas costas, sem mostrar o rosto.”

“Todos --absolutamente todos-- que me conhecem me dão os parabéns porque veem que estou totalmente feliz. Aproveitando plenamente minha gravidez e insisto que estou totalmente capacitada física e mentalmente para criar meus filhos”, declarou a médica ao jornal espanhol.

A história repercutiu e, de acordo com o "La Voz de Galicia", chegou aos jornais dos Estados Unidos.

Segundo o jornal britânico "The Telegraph", Álvarez contou que recebeu telefonemas e mensagens do mundo todo dando os parabéns. Outras mulheres também ligaram perguntando sobre a clínica onde ela fez o tratamento para engravidar.

Mas a médica disse ao jornal que sabe que o ginecologista responsável pelo tratamento de fertilidade também “foi alvo de críticas ferozes”.

“Essa foi uma das razões pelas quais não divulguei seu nome em nenhum momento”, afirmou.

Apesar das críticas e polêmicas, Álvarez não é a mulher mais velha a ter um filho. Pelo menos, três mulheres na Índia alegam ter tido filhos quando já estavam com 70 anos ou mais.

Omkari Panwar, que afirmava ter 70 anos, deu à luz gêmeos em 2008. Meses depois, Rajo Devi Lohan, também com 70, teve a primeira filha.

Daljinder Kaur, que pode ter 72 anos apesar de ter alegado ter apenas 70, teve um filho em abril de 2016, depois de tentar a fertilização in vitro três vezes.

Fonte: UOL/BBC Brasil