Samaritano de Campinas teve UTI para adultos fechada por falta de salubridade
A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Adulta do Hospital Evangélico Samaratino de Campinas, no interior de São Paulo, foi interditada ontem pela Vigilância Sanitária por falta de condições de uso. A interdição ocorreu após o órgão da Secretaria Municipal de Saúde verificar que havia bolor nas pareces, no teto e até no piso da unidade, além de infiltração, acúmulo de umidade e vazamento de água.
A ordem para interdição foi publicada na edição de ontem do Diário Oficial do Município. A medida determinou a imediata remoção de todos os pacientes internados no setor. No ato de interdição, a vigilância alega que a medida foi tomada por falta de condições de “salubridade no local”.
A Secretaria Municipal de Saúde condicionou a desinterdição da UTI para adultos à remoção de todos os pacientes do local e à solução para os problemas apontados pela vigilância. Caberá ao hospital promover a reforma do espaço e oferecer condições adequadas para que a vigilância libere a UTI para funcionamento.
No ano passado, outra área do mesmo hospital também foi interditada dentro das inspeções feitas pelo órgão. A administradora de empresas Lilian Gomes Mourão, de 42 anos, que teve um tio internado nessa unidade recentemente, afirmou que o problema é antigo, mas que não acreditava que pudesse haver riscos para a saúde dos pacientes. “Por ser uma UTI, sempre achamos que as condições sanitárias são adequadas para os pacientes internados”, afirmou.
Remoção. Por meio de nota, o Hospital Samaritano informou que os pacientes que estavam internados na unidade foram “realocados para as demais UTIs que o hospital possui”, já que havia número suficiente de vagas na unidade para isso.
Administrado pela Associação Evangélica Beneficente de Campinas (Asebec), o Hospital Adventista Samaritano é um dos principais de Campinas, com 132 leitos de atendimento de cirurgia geral, clínica geral, UTI adulto, UTI infantil, UTI neonatal, obstetrícia, pediatria clínica, hospital dia, unidade coronariana e hemodinâmica.
Com sete salas cirúrgicas, a unidade realiza por mês uma média de 500 procedimentos. O hospital afirma que o atendimento aos pacientes não será afetado durante a interdição.
O hospital não comentou os problemas encontrados pela Vigilância Sanitária na UTI de adultos. Também não informou o número de pacientes que estavam internados e que tiveram de ser remanejados.
A assessoria de imprensa do hospital confirmou apenas que passou por fiscalização da Vigilância Sanitária. E que as exigências de melhorias apontadas pelo órgão da Secretaria de Saúde para a continuidade de funcionamento da UTI para adultos “foram prontamente atendidas”.
Fonte: O Estado de S.Paulo
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- MARCOS COLTRI
- Advogado. Especialista em Direito Médico e Odontológico. Especialista em Direito da Medicina (Coimbra). Mestre em Odontologia Legal. Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar - Escola Paulista de Direito (EPD). Coordenador ajunto do Mestrado em Direito Médico e Odontológico da São Leopoldo Mandic. Preceptor nos programas de Residência Jurídica em Direito Médico e Odontológico (Responsabilidade civil, Processo ético médico/odontológico e Perícia Cível) - ABRADIMED (Academia Brasileira de Direito Médico). Membro do Comitê de Bioética do HCor. Docente convidado da Especialização em Direito da Medicina do Centro de Direito Biomédico - Universidade de Coimbra. Ex-Presidente das Comissões de Direito Médico e de Direito Odontológico da OAB-Santana/SP. Docente convidado em cursos de Especialização em Odontologia Legal. Docente convidado no curso de Perícias e Assessorias Técnicas em Odontologia (FUNDECTO). Docente convidado de cursos de Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde. Especialista em Seguro de Responsabilidade Civil Profissional. Diretor da ABRADIMED. Autor da obra: COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA.