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Advogado. Especialista em Direito Médico e Odontológico. Especialista em Direito da Medicina (Coimbra). Mestre em Odontologia Legal. Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar - Escola Paulista de Direito (EPD). Coordenador ajunto do Mestrado em Direito Médico e Odontológico da São Leopoldo Mandic. Preceptor nos programas de Residência Jurídica em Direito Médico e Odontológico (Responsabilidade civil, Processo ético médico/odontológico e Perícia Cível) - ABRADIMED (Academia Brasileira de Direito Médico). Membro do Comitê de Bioética do HCor. Docente convidado da Especialização em Direito da Medicina do Centro de Direito Biomédico - Universidade de Coimbra. Ex-Presidente das Comissões de Direito Médico e de Direito Odontológico da OAB-Santana/SP. Docente convidado em cursos de Especialização em Odontologia Legal. Docente convidado no curso de Perícias e Assessorias Técnicas em Odontologia (FUNDECTO). Docente convidado de cursos de Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde. Especialista em Seguro de Responsabilidade Civil Profissional. Diretor da ABRADIMED. Autor da obra: COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Britânica com gigantismo por tumor não diagnosticado processa hospital

Kate Woodward tem 1,96 m devido a problema não detectado na glândula pituitária

Uma britânica que cresceu até os 1,96m devido a um tumor não diagnosticado na glândula pituitária está processando o NHS, o serviço público de saúde da Grã-Bretanha.

Segundo jornais britânicos, Kate Woodward, agora com 20 anos, teve um crescimento anormal desde a infância e, aos 11 anos, já tinha chegado aos 1,75m. Ela afirmou que a altura fez com que ela sempre fosse vista como uma ``aberração``.

Apenas em setembro de 2005, quando ela estava com 13 anos, os médicos diagnosticaram pela primeira vez o gigantismo acromegálico, resultado do tumor na glândula pituitária e que liberou quantidades excessivas do hormônio de crescimento no corpo da britânica.

Os advogados da jovem dizem que os médicos do serviço público de saúde deixaram de detectar o tumor, apesar de constantes atendimentos à paciente entre 2001 e 2005.

Sem tratamento, a doença acabou causando problemas nas costas, joelhos e dentes de Kate, o que, segundo a britânica, arruinou os seus planos de seguir a carreira de atriz. Ela vai pedir uma indenização de 2 milhões de libras (cerca de R$ 6 milhões) no que seria , segundo seus advogados, o primeiro caso deste tipo.

`Dor e sofrimento`

Kate quer ser indenizada pela dor e sofrimento que passou e também pelas despesas médicas e o dinheiro gasto para fazer roupas sob encomenda, pois, devido ao seu crescimento anormal, ela não consegue encontrar roupas em lojas comuns.

Em um depoimento no tribunal, a jovem disse que tinha o desejo de ser atriz desde os 5 anos de idade e que chegou a ganhar prêmios na Academia de Música e Artes Dramáticas de Londres. ``Eu estava crescendo e, efetivamente, ficando mais feia, até o ponto em que você não pode mais se tornar uma atriz``, disse.

Ela agora quer ser roteirista, mas os problemas de saúde estão atrapalhando seus estudos na universidade. ``Ela é muito consciente em relação à altura e sente que isto a deixou marcada como uma aberração``, disse o advogado de Woodward, Stephen Grimes, durante o julgamento do caso em Londres.

A jovem começou a crescer de forma anormal a partir dos 8 anos de idade e recebeu tratamento em pelo menos dois hospitais na cidade de Leeds.

Os médicos só descobriram o tumor em 2005. Desde então, a maior parte do tumor foi removida, mas a jovem já sofria com crescimento excessivo e problemas nos ossos. Parte do tumor não pode ser removida. Ela continua recendo hormônios e, recentemente, teve problemas na vesícula.

O julgamento, na Alta Corte de Londres, continua. Os advogados da jovem afirmam que os hospitais de Leeds já ``aceitaram e admitiram`` que foi um caso de negligência clínica.

Segundo jornais locais, os hospitais concordaram em pagar para tratamentos médicos futuros, tratamentos odontológicos, férias e compras de sapatos sob medida, mas discordam da quantia pedida pelos advogados da paciente. Mas, eles discordam da indenização de 2 milhões de libras.

Fonte: BBC Brasil