Cerca de 35 pacientes tiveram problemas em tratamento estético.
Clínica foi parcialmente interditada pela Vigilância Sanitária.
Uma clínica de estética foi parcialmente fechada em Cuiabá pela Vigilância Sanitária após pacientes que fizeram tratamento com um tipo de enzima para eliminar gorduras localizadas apresentaram problemas. A Vigilância Epidemiológica do estado informou que a estimativa de vítimas é de 35 casos, mas o número pode ser ainda maior.
No local, as mulheres fizeram as mesmas aplicações a base de enzimas e cada injeção continha 10 miligramas do produto. A promessa era um tratamento eficiente no combate à gordura, mas em algumas pacientes surgiram feridas no abdômen e nas costas, além de vermelhidão, inchaço e muita dor.
Uma das vítimas, que preferiu não se identificar, contou que chegou a pagar R$ 450 pela aplicação, porém, disse que após o tratamento nódulos apareceram no corpo e a enfermeira que fez as aplicações indicou um outro tratamento com ervas medicinais. “Fiz oito aplicações na sexta-feira e comecei a sentir os nódulos. A enfermeira disse que era uma reação normal e comecei a fazer a massagem. Mas só piorou a situação”, relatou.
A proprietária da clínica se recusou a falar com a reportagem e a equipe da Vigilância apreendeu os produtos utilizados no tratamento. No entanto, algumas pacientes continuam sendo atendidas no local porque nem todos os serviços foram suspensos.
O laudo médico assinado por um infectologista confirma que as feridas foram causadas por uma microbactéria que se espalha rapidamente pelo organismo. Ainda segundo informações do laudo, o que pode ter provocado a infecção é a esterilização inadequada durante as aplicações. “Vamos investigar para saber se a causa foram os medicamentos ou os procedimentos inadequados pelos profissionais”, explicou o coordenador da Vigilância Sanitária de Cuiabá, Wagner Martins Coelho.
A Secretaria de Saúde informou também que vai organizar um Centro de Referência para atender os pacientes dentro do Hospital Metropolitano de Várzea Grande. Também ressaltou que todos os casos serão informados ao Ministério da Saúde com o objetivo de providenciar os medicamentos necessários para o tratamento.
Fonte: Globo.com
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- MARCOS COLTRI
- Advogado. Especialista em Direito Médico e Odontológico. Especialista em Direito da Medicina (Coimbra). Mestre em Odontologia Legal. Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar - Escola Paulista de Direito (EPD). Coordenador ajunto do Mestrado em Direito Médico e Odontológico da São Leopoldo Mandic. Preceptor nos programas de Residência Jurídica em Direito Médico e Odontológico (Responsabilidade civil, Processo ético médico/odontológico e Perícia Cível) - ABRADIMED (Academia Brasileira de Direito Médico). Membro do Comitê de Bioética do HCor. Docente convidado da Especialização em Direito da Medicina do Centro de Direito Biomédico - Universidade de Coimbra. Ex-Presidente das Comissões de Direito Médico e de Direito Odontológico da OAB-Santana/SP. Docente convidado em cursos de Especialização em Odontologia Legal. Docente convidado no curso de Perícias e Assessorias Técnicas em Odontologia (FUNDECTO). Docente convidado de cursos de Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde. Especialista em Seguro de Responsabilidade Civil Profissional. Diretor da ABRADIMED. Autor da obra: COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA.