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Advogado. Especialista em Direito Médico e Odontológico. Especialista em Direito da Medicina (Coimbra). Mestre em Odontologia Legal. Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar - Escola Paulista de Direito (EPD). Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico, Odontológico e da Saúde (FMRP-USP). Preceptor nos programas de Residência Jurídica em Direito Médico e Odontológico (Responsabilidade civil, Processo ético médico/odontológico e Perícia Cível) - ABRADIMED (Academia Brasileira de Direito Médico). Membro do Comitê de Bioética do HCor. Docente convidado da Especialização em Direito da Medicina do Centro de Direito Biomédico - Universidade de Coimbra. Ex-Presidente das Comissões de Direito Médico e de Direito Odontológico da OAB-Santana/SP. Docente convidado em cursos de Especialização em Odontologia Legal. Docente convidado no curso de Perícias e Assessorias Técnicas em Odontologia (FUNDECTO). Docente convidado do curso de Bioética e Biodireito do HCor. Docente convidado de cursos de Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde. Especialista em Seguro de Responsabilidade Civil Profissional. Diretor da ABRADIMED. Autor da obra: COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Mesa cirúrgica quebra, recém-nascido cai no chão e morre na Bahia

Mãe sofreu lesões no púbis e na perna direita e segue no hospital.
Internada, ela não recebeu alta para sepultar o filho, em Porto Seguro.


O bebê João Henrique morreu instantes depois de nascer, neste domingo (23), no Hospital Luís Eduardo Magalhães, em Porto Seguro (BA). Segundo informações da diretoria médica do hospital, a mesa de cirurgia quebrou durante o parto, derrubando a mãe, Alcione Teixeira Santos, 28 anos, e o recém-nascido no chão. A criança foi sepultada nesta segunda-feira (24), no Cemitério de Pindorama, na cidade. Por não ter recebido alta, a mãe não foi ao enterro.

Segundo nota, o hospital informou que Alcione entrou em trabalho de parto às 6h e o nascimento de João Henrique ocorreu às 15h30, de parto normal. Ainda de acordo com o documento, por conta da queda, a mãe sofreu traumatismo na região do púbis e na perna direita e o recém-nascido morreu por conta do acidente.

A sobrinha de Alcione, Deiriane Rodrigues, 20 anos, que ficou como acompanhante dela no hospital nesta segunda-feira (24), disse ao G1 que o médico responsável pelo parto visitou a tia para tentar explicar o ocorrido na sala de cirurgia. "O médico, acompanhado de uma assistente social, disse para minha tia que a mesa estava em ordem, mas minha tia disse que lembra de ter ouvido o médico falar para ela, antes do parto, que a mesa não iria aguentar a realização do parto."

Ainda de acordo com Deiriane, durante a visita, o médico ainda teria feito piada com o peso de Alcione. "Ele teve coragem de falar que minha tia estava acima do peso. Isso a deixou mais abalada ainda. Minha tia não teve coragem de olhar para a cara do médico. Ela não quis nem conversar com ele de tão abalada que ficou."


Demora na comunicação


A delegada Eliana Barbosa, responsável pelo inquérito policial do caso, disse ao G1 que pretende ouvir o depoimento da mãe ainda nesta terça-feira (25), caso ela receba alta. "Dois funcionários serão ouvidos nesta quarta-feira (26) e o médico será ouvido na quinta-feira (27). Terei 30 dias para concluir o inquérito, mas já encaminhei uma equipe de peritos ao hospital para analisar a mesa cirúrgica e o balde rígido onde a criança bateu a cabeça na queda."

Eliana disse ainda que quer saber o motivo da demora do hospital em comunicar a família sobre a queda da mãe e da criança. "Além da demora em falar com os familiares, a polícia também demorou a ser comunicada sobre o fato. Isso precisa ser melhor esclarecido. Outro ponto que será investigado é se a mesa cirúrgica passou por manutenção preventiva antes da realização do parto."

A diretoria do hospital afirmou que um processo administrativo foi aberto para apurar as possíveis falhas cometidas pelo médico e pela equipe de funcionários que estavam na sala cirúrgica durante o parto.

Em nota, o hospital disse que a mãe está recebendo apoio ortopédico e psicológico e que a mesa cirúrgica quebrada tinha passado por manutenção, não apresentando problemas aparentes. "Também precisamos saber se o cordão umbilical foi cortado antes ou depois da queda", disse a delegada.

Fonte: Globo.com