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Advogado. Especialista em Direito Médico e Odontológico. Especialista em Direito da Medicina (Coimbra). Mestre em Odontologia Legal. Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar - Escola Paulista de Direito (EPD). Coordenador ajunto do Mestrado em Direito Médico e Odontológico da São Leopoldo Mandic. Preceptor nos programas de Residência Jurídica em Direito Médico e Odontológico (Responsabilidade civil, Processo ético médico/odontológico e Perícia Cível) - ABRADIMED (Academia Brasileira de Direito Médico). Membro do Comitê de Bioética do HCor. Docente convidado da Especialização em Direito da Medicina do Centro de Direito Biomédico - Universidade de Coimbra. Ex-Presidente das Comissões de Direito Médico e de Direito Odontológico da OAB-Santana/SP. Docente convidado em cursos de Especialização em Odontologia Legal. Docente convidado no curso de Perícias e Assessorias Técnicas em Odontologia (FUNDECTO). Docente convidado de cursos de Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde. Especialista em Seguro de Responsabilidade Civil Profissional. Diretor da ABRADIMED. Autor da obra: COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Feto não é gente, diz hospital católico acusado de negligência

Acusado de negligência por causa da morte de uma paciente grávida, sem que fosse feita uma cesariana para salvar os bebês da gestação, o hospital católico St. Thomas More, de Canon City, Colorado (EUA), argumentou na Justiça, em sua defesa, que fetos não são pessoas, o que contraria a doutrina contra o aborto da Igreja.

A notícia está tendo forte repercussão nos Estados Unidos porque, segundos alguns, seria uma prova da hipocrisia da Igreja Católica. Além disso, os bispos têm criticado duramente o presidente Barack Obama por querer obrigar todos os hospitais, o que inclui os católicos, a dar assistência às mulheres que necessitem de contraceptivos.

No dia do ano novo de 2006, Lori Stodghill, 31, grávida de sete meses de gêmeos, chegou ao St. Thomas More com falta de ar e vomitando. Uma hora depois, ela morreu de um ataque cardíaco porque, segundo acusação de sua família, os médicos não desentupiram uma artéria. Os bebês em gestação morreram em seu ventre.

O guarda de prisão Stodghill de Jeremy, marido de Lori, em seu nome e no de uma filha de dois anos, moveu uma ação contra o hospital porque, segundo ele, os médicos, quando perceberam não ser possível salvá-la, deveriam ter feito uma cesariana. Foi então que, para não ser condenado, o hospital argumentou que feto não é gente.

O St. Thomas More é uma das 170 unidades de saúde espalhadas por 17 Estados de uma organização católica, que no ano passado declarou ativos de US$ 15 bilhões.

Em seu material promocional, a organização afirma que, por praticar “o ministério de cura da Igreja Católica”, segue com “fidelidade o Evangelho”, o que significa, entre outras coisas, ser contra o aborto e o controle de natalidade.

Nas próximas semanas, o Supremo Tribunal Federal deverá dar uma sentença para o caso. Mas desde já os bispos de Colorado estão prometendo fazer uma "revisão completa" das "políticas e práticas" do sistema católico de saúde sem fins lucrativos, para torná-las mais adequadas aos dogmas da Igreja.

Fonte: Paulopes.com.br